Ministério Público irá recomendar venda máxima de litros por pessoa e verificar qualidade do combustível
Amanda Quintiliano
Postos de combustíveis de Divinópolis serão alvo de fiscalização do Ministério Público, nesta segunda-feira (28). A informação foi confirmada ao PORTAL pelo promotor, Sérgio Gildin. Serão verificados os valores praticados e também a qualidade do produto comercializado.
Já foi determinada a presença de fiscais em postos que começaram a comercializar combustível na manhã de hoje.
“Determinei aos fiscais que compareçam ao posto e peguem as notas fiscais deste carregamento que veio agora e também do anterior, verificar se tem a diferença ou não tem”, explica o promotor.
Vários fatores serão analisados, por exemplo, o custo do carregamento da semana passada com a atual e também se houve acréscimos, por exemplo, com escolta ou outros custos.
“Se justificar o aumento, tudo bem, ele pode vender desta forma. Se não justificar, vamos instaurar processo administrativo para efeito de atuação e interditar imediatamente o posto”, afirma e acrescenta: “Aproveita e faz tudo, se tiver característica de adulteração é outra questão”.
Recomendação
Paralela a fiscalização, o promotor também irá fazer recomendação que será entregue a todos os postos de combustíveis da cidade.
“Eles devem manter o preço no mínimo com o da segunda-feira passada ou aumentar se receber com valor a maior. Se pagaram mais, terão que vender mais caro, não tem jeito. Recomenda-los a vender no máximo, salvo em situação de carros ligado a saúde, segurança pública, outras atividades emergentes, 30 litros por consumidor até que normalize isso”, esclarece.
Valores
De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 20 a 26 de maio o valor médio do etanol, em Divinópolis, era de R$3,072. O valor mínimo praticado na cidade era de R$2,959 e o máximo de R$3,357.
Já o preço médio da gasolina, no mesmo período, era de R$4,687. O mínimo era de R$4,457 e o máximo de R$4,849, nos postos fiscalizados.
Nesta segunda-feira (28) alguns postos chegaram a praticar valor de R$3,89, justificando custo com escolta e também advogado.
De acordo com levantamento feito pelo PORTAL, o custo da escolta ocorre, geralmente, por quilometragem. Segundo uma empresa consultada pela reportagem, eles não costumam saber qual a carga é transportada já que o seguro é feito diretamente entre o cliente e a seguradora.
Para se ter ideia, um ônibus especial de Divinópolis para São Paulo chega a pagar em média R$1,2 mil.
Uma outra empresa de escolta consultada pelo PORTAL, de Belo Horizonte, passou orçamento de R$1,9 mil para 15 horas de trabalho e R$100 por hora excedente. Segundo a empresa, o valor é um pouco mais alto, pois ela teria que sair de Belo Horizonte, ir até o destino, voltar para Divinópolis e depois seguir para Belo Horizonte. O orçamento foi feito para veículo de transporte de combustível.