Ele irá ministrar uma palestra sobre o empreendedorismo na Faculdade Pitágoras, às 19h (Foto: Marcelo Lopes/PCO)

 

Romeu Zema disse que não é possível falar em reformas e ampliações enquanto o Estado estiver falido

Amanda Quintiliano

Presidente do Conselho do Grupo Zema – rede de varejo de móveis e eletrodomésticos e distribuição de combustíveis, o também pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo partido Novo, Romeu Zema esteve, nesta terça-feira (29), em Divinópolis. Em visita a entidades e encontros com lideranças, ele defendeu a redução do Estado e a filosofia do setor privado para o público.

Um dos primeiros compromissos dele foi na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) onde teve a oportunidade de conversar com comerciantes. Zema criticou o modelo atual de gestão adotado pelo governo e o classificou como ineficiente. Um dos principais pontos abordados por ele é a máquina inchada e os famosos “apadrinhamentos”.

“Costumo dizer que aqui no Brasil o Estado tomou proporção que a sociedade paga tanto imposto que chegou a um ponto que não dá para ir além do que existe. Um Estado ineficiente que não atende adequadamente a população no que diz respeito a saúde, segurança e educação”, afirmou, resumindo a ideologia do partido Novo.

Ele irá ministrar uma palestra sobre o empreendedorismo na Faculdade Pitágoras, às 19h (Foto: Marcelo Lopes/PCO)

Para ele, é necessário adotar um novo modelo de administração igualando os benefícios dos servidores públicos aos colaboradores privados.

“Por que no privado todos os colaboradores tem hora para chegar e sair? Por que nós tiramos um mês de férias e várias áreas no setor público tiram dois, três meses? Por que no privado se aposenta de uma maneira e no setor público de outra maneira?”, indagou e complementou: “O que queremos é igualar isso”.

Falência

O empresário vê o excesso de cargos comissionados e a gestão de pessoal como um dos responsáveis pela “falência” do governo de Minas Gerais.

“Gosto de comentar que nos anos 15 e 16, quando a crise estava no auge, na nossa empresa tivemos que reduzir o nosso quadro de pessoas. Enquanto eu reduzi, as prefeituras e Estado estavam contratando, indo na contramão da situação”, comentou, defendendo a máquina mais enxuta.

“Hoje temos no Estado de Minas um excesso de colaboradores. Muitos são necessários, mas uma parcela de 10% e 20% talvez não seja, principalmente de cargos comissionados em que há nomeação mais política”.

Segundo o pré-candidato, Minas deve encerrar o ano com rombo de R$10 milhões a posicionado como campeã de déficit público.

“Ou fazemos um ajuste dolorido ou daqui a pouco o funcionário público vai receber o salário dele parcelado em 20 vezes. É uma questão de escolha. Não há como negar a matemática. O Estado está falido”, enfatizou.

Saúde

Com o discurso baseado em gestão, Zema evitou fazer promessas. Ao ser questionado sobre as obras do Hospital Público Regional, de Divinópolis, disse ter visto a mesma cena em Sete Lagos e Conselheiro Lafaiete, por exemplo.

“Isso é obra da falta de planejamento do setor público”, salienta, comparado o Estado a um pai de família.

“Hoje o Estado de Minas tem a situação semelhante de um pai de família que não está conseguindo colocar arroz e feijão em quantidade suficiente para seus filhos. Falar em reformar a casa, ampliar, seria uma irresponsabilidade. Então não faço nenhuma promessa porque primeiro será necessário corrigir as contas. Temos professores, militares, aposentados recebendo atrasado e não há recursos. Mentira alguém falar que teria como resolver esta questão hoje porque o estado está falido”, finalizou.

Assista a entrevista completa aqui: