Júlia Sbampato

O preço de um simples “cafezinho” pode variar até 50% em diferentes estabelecimentos comerciais de Divinópolis. Esse levantamento foi feito pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec), da FACED no período de 15 a 24 de outubro em onze padarias no centro da cidade.

O valor médio reflete os gastos com o consumo, composto de xícara de café, copo pequeno de café com leite, pão com manteiga e quilo do pão de queijo.

O valor mínimo encontrado para o cafezinho foi de R$0,80 e o máximo de R$1,20. Essa diferença corresponde a 50% no valor. Já um copo de café com leite teve variações de preços que representam 82% de diferença, com o mínimo encontrado de R$1,40 e o valor máximo de R$2,55.

Entrando na área das comidas, foram pesquisados os preços do pão com manteiga e do quilo de pão de queijo entre as onze padarias. O valor médio para o pão com manteiga é de R$1,23 e o máximo encontrado foi de R$1,50.

Em relação ao quilo do pão de queijo, a média de preços gira em torno de R$24,51 e os valores variaram até 27%.

Nos supermercados

Gráficos foram feitos pela Nupec divulgaram a variação de preços entre outubro de 2016 e setembro de 2017 em supermercados de Divinópolis de quatro itens básicos para o café manhã do brasileiro: pão francês, leite em saquinho, café em pó e manteiga.

Durante esse período, todos os itens sofreram mudanças de preços. O pão francês, por exemplo, passou de R$10,03/Kg em outubro de 2016 para R$10,30/Kg em setembro de 2017.

O café em pó também teve um aumento, de R$19,36/Kg para R$20,79. Já a manteiga, passou de R$27,40/Kg para R$30,98/Kg.

 O único produto pesquisado que teve uma queda nos valores foi o leite em saquinho. Enquanto em outubro de 2016 o produto custava R$2,81, em setembro de 2017 o preço encontrado foi de R$2,50.

Segundo o Coordenador de Pesquisa da Nupec, Leandro Maia, o interesse em fazer esse levantamento surgiu para verificar qual seria o peso desses itens do café da manhã no orçamento das famílias.

“Existe a questão da fidelização, que as padarias procuram trabalhar bastante, mas é importante que os clientes não estejam tão envolvidos com essa questão de marketing e procurem outros locais que podem ter preços mais baixos porque isso faz a diferença no orçamento familiar.”

Os valores vistos individualmente podem não ser considerados “altos”, mas quando se estendem para hábitos diários e que se tratam de alimentos que estão todos os dias nas casas de famílias brasileiras, essa variação de preços pode fazer grande diferença. Para Leandro, considerar uma pesquisa nos valores antes de realizar as compras, pode gerar uma economia para os bolsos no final de cada mês.