Prefeitura ignorou advertência do Corpo de
Bombeiros para riscos na subestação de energia

A Prefeitura de Divinópolis ignorou uma advertência expedida pelo Corpo de Bombeiros no dia 27 de janeiro desse ano para os riscos de incêndio na subestação central de distribuição de energia elétrica, que fica instalada no subsolo do Centro Administrativo. Ademais, o resultado da negligência foram dois focos de incêndio registrados esse ano, que provocaram prejuízos administrativos e para o cidadão.

O primeiro foco de incêndio foi registrado no dia 14 de novembro. Nesse sentido, na ocasião, segundo informou a Prefeitura, o fogo foi controlado “graças a ação rápida dos servidores que possuem curso de brigadista e os profissionais do Corpo de Bombeiros”.

Além disso, após suspender as atividades do Centro Administrativo, o acidente provocou instabilidade em todo o sistema de tecnologia.

No dia 16 de novembro, dois dias após o primeiro foco de incêndio, o Corpo de Bombeiros aplicou uma multa à Prefeitura. Ademais, o cujo valor não foi informado pela corporação.

Além disso, na noite de 30 de novembro, um segundo foco de incêndio foi registrado no mesmo local. O incidente mais uma vez provocou a suspensão das atividades no Centro Administrativo e a UPA 24h teve que funcionar abastecida por um gerador de energia elétrica movido a combustível.

O que a Prefeitura chama de “equipamento novo”, em duas semanas apresentou falhas que não foram esclarecidas pelo Executivo. A administração também não informou quanto pagou pelo equipamento e qual foi a forma de aquisição. No Portal Transparência, não há nenhuma referência sobre a aquisição do gerador.

Irregularidades

Ademais, esse ano, após os dois focos de incêndio, o Sintram constatou que em novembro ainda não havia nem mangueiras de combate a incêndio nas áreas de risco.

O prédio do Centro Administrativo possui 8.804,06 metros quadrados de área construído. Em resposta a um ofício encaminhado no início desse mês ao Corpo de Bombeiros pelo presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, solicitando uma vistoria no prédio do Centro Administrativo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Centro Administrativo possui auto de vistoria parcial válido. Informou, ainda, que a edificação possui Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), que não pôde ser vistoriado.

Desse modo, sobre a situação irregular do prédio do Centro Administrativo, Amanda Miranda informou que “a Unidade está evidando esforços junto a Prefeitura para regularizar a edificação”. “Informamos, ainda, que estamos acompanhando a situação e que, durante as ocorrências bem como durante a vistoria técnica que ensejou na multa, não foi constatado risco iminente que justificasse a interdição do local”, concluiu.

O presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, cobra uma solução urgente para a situação.

“Nossa preocupação não se restringe aos mais de 500 servidores que trabalham no local. Desse modo, o Sintram também está preocupado com as centenas de cidadãos que buscam serviços no Centro Administrativo. Ademais, essas pessoas estão expostas ao risco diário. Esse assunto precisa ser tratado com mais responsabilidade pelo Executivo”. Declarou.