Prefeito de Bom Despacho Fernando Cabral
O prefeito adotou medidas de gestão para evitar desperdícios (Foto: Divulgação)

Fernando Cabral negou qualquer ilegalidade e diz que os políticos vivem um momento de “caças às bruxas”

Após ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o prefeito de Bom Despacho, Fernando Cabral disse está com “a consciência tranquila” e ao mesmo tempo “preocupado com as consequências da decisão”.

“Vivemos numa época de caças às bruxas e parece que todos os políticos estão sendo jogados na vala comum dos malfeitores. Eu não sou malfeitor”, afirmou.

Em nota, o prefeito listou algumas ações tomadas à frente da prefeitura como pagamento de dívidas, eliminação da corrupção endêmica e a modernização da administração.

“Somos um dos poucos municípios que está com tudo em dia. Em 2016 fui reeleito com 2/3 dos votos. Nunca fui acusado de qualquer ato ilícito ou ímprobo na prefeitura. Nunca obtive nenhum tipo de benefício pessoal”, argumenta.

Cabral ainda mencionou alguns fatos que integram a denúncia feita pelo candidato derrotado nas eleições passadas, Haroldo de Souza Queiroz e que resultaram na cassação: aumento aos servidores, renovação de convênios, concessão de progressão e promoção aos servidores e publicação do artigo sobre o aumento do IPTU que ocorreu em 2007.

“O reajuste dos servidores públicos é direito previsto no art. 37 da Constituição e não é proibido concedê-lo nos limites da inflação do ano anterior, o que aconteceu no caso”, alega, dizendo que não há proibição de renovação de convênios.

“As progressões e promoções dos servidores são direitos previstos no Estatuto e não há impedimento em sua concessão. Quanto à matéria sobre o IPTU, trata-se da divulgação de documento público e não há nenhuma restrição em sua divulgação, seja em ano eleitoral ou não”, argumenta.

“Portanto, não houve improbidade, ilícito ou ato censurável”, enfatiza.

Após a decisão desta segunda-feira (21), o prefeito disse que aguardará a publicação do Acórdão para entender exatamente quais pontos os 4 julgadores tiveram por eleitoralmente irregulares.

“Em seguida, analisaremos quais são os recursos cabíveis, seja o TRE, seja no TSE. Prosseguirei lutando para obter um pronunciamento favorável da justiça, mas, principalmente, para que Bom Despacho continue sendo administrado por pessoas probas que possam continuar o trabalho que nós começamos 7 anos atrás com amplo apoio da população”, afirmou.