Cada servidor deve receber uma parcela de R$1 mil na sexta-feira (09); Restante não tem previsão para ser quitado

Amanda Quintiliano

Como antecipado pelo PORTAL, o pagamento dos servidores da prefeitura de Divinópolis não deverá ser depositado no quinto dia útil deste mês. A informação foi confirmada, nesta terça-feira (06), pela Assessoria de Comunicação do órgão. O prefeito, Galileu Machado (MDB) já havia afirmado que os salários estavam condicionados a repasses do governo do Estado.

Por mais um mês os mais de 5 mil servidores municipais deverão ter a remuneração parcelada. Diferente dos meses anteriores, a primeira parcela será reduzida. Na sexta-feira (09) deve ser depositado R$1 mil para cada um. Já o restante não tem data prevista.

Em reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) na última quinta-feira (01), o prefeito usou o velho argumento de que o município passa por grandes dificuldades financeiras para justificar os atrasos. A principal alegação é a retenção de verbas pelo Estado.

O prefeito citou especificamente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujas parcelas que pertencem ao município não estão sendo repassadas pelo governo estadual desde o final do ano passado.

ICMS

A Associação Mineira dos Municípios (AMM), no site dela, divulgou comunicado informando que o Estado pagou a primeira parcela do ICMS do mês na data correta, ou seja, nesta terça-feira (06). O imposto foi repassado normalmente a Divinópolis.

Apesar dos repasses de hoje, a dívida do Estado com os municípios se aproxima dos R$ 3,6 bilhões. No “Encontro dos Prefeitos Mineiros”, promovido pela AMM, no dia 2 de fevereiro, foi dado o prazo de 45 dias – até 19 de março de 2018 – para o Governo quitar todas as dívidas.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura confirmou ao PORTAL a retenção de R$9 milhões, referentes ao IPVA. A situação pode se agravar no segundo semestre quando essa fonte de receita mingua, assim como a do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) diminuindo ainda mais a capacidade financeira do município.