Vítor Costa acusa prefeito de tentar “subir no hype de uma tragédia” e cobra atenção a pautas urgentes
O vereador Vítor Costa (PT) criticou duramente o decreto publicado pelo prefeito de Divinópolis, que proibiu a prática de balonismo na cidade. O anúncio foi feito em vídeo publicado nas redes sociais na segunda-feira (23/6), dois dias após o acidente trágico com um balão de ar quente em Praia Grande (SC), que matou oito pessoas. Para o parlamentar, o ato revela oportunismo político e desvio de foco da gestão.
“O prefeito tenta subir no hype de uma tragédia em outro estado para criar uma proibição que foge da competência do município”, afirmou Vítor durante a reunião ordinária da Câmara Municipal.
Decreto do balonismo ultrapssa limites legais
Ccnforme o vereador, a medida ultrapassa os limites legais da administração municipal. O balonismo tripulado, de acordo com ele, está regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e só pode ser fiscalizado pela União, conforme o artigo 22, inciso I, da Constituição Federal. Já os balões juninos, que de fato representam riscos de incêndio, estão proibidos por lei federal desde 1998.
Além disso, o vídeo divulgado pelo prefeito teve um tom irônico e inadequado. Nele, o gestor aparece estourando um balão com a legenda “ainda mais vermelho”, em alusão ao balão colorido e à sua crítica recorrente a opositores. Para Vítor Costa, a cena reforça o uso político da dor alheia: “Será que agora vão proibir esqui ou submarinos no Rio Itapecerica?”, ironizou.
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Pautas realmente urgentes
Na visão do vereador, a gestão municipal deveria concentrar esforços em questões locais urgentes, em vez de tentar ganhar visibilidade com temas nacionais. Ele cobrou a atenção do Executivo a projetos e demandas que seguem parados, como:
- Liberação do passe livre para crianças autistas, paralisado há meses;
- Regulamentação da Lei Romário, que reduz a carga horária de servidores com filhos PCDs;
- Criação da guarda municipal, promessa de campanha do prefeito ainda não cumprida;
- Ações contra a violência doméstica, lembrando o caso recente da jovem que pulou de um prédio para fugir do companheiro;
- Reforço ao CREAS, que atualmente lida com excesso de demandas sem estrutura adequada.
Ao final, Vítor Costa reforçou que não se pode governar apenas com decretos simbólicos e vídeos em redes sociais, enquanto problemas reais seguem ignorados. A população, segundo ele, precisa de medidas eficazes, não de “cortinas de fumaça”.