Prefeito explora tragédia, afirma vereador sobre decreto do balonismo

Política
Por -25/06/2025, às 14H12junho 25th, 2025
vitor costa e prefeito gleidson decreto balonismo
Foto: Reprodução Redes Sociais e Câmara de Divinópolis

Vítor Costa acusa prefeito de tentar “subir no hype de uma tragédia” e cobra atenção a pautas urgentes

O vereador Vítor Costa (PT) criticou duramente o decreto publicado pelo prefeito de Divinópolis, que proibiu a prática de balonismo na cidade. O anúncio foi feito em vídeo publicado nas redes sociais na segunda-feira (23/6), dois dias após o acidente trágico com um balão de ar quente em Praia Grande (SC), que matou oito pessoas. Para o parlamentar, o ato revela oportunismo político e desvio de foco da gestão.

“O prefeito tenta subir no hype de uma tragédia em outro estado para criar uma proibição que foge da competência do município”, afirmou Vítor durante a reunião ordinária da Câmara Municipal.

Decreto do balonismo ultrapssa limites legais

Ccnforme o vereador, a medida ultrapassa os limites legais da administração municipal. O balonismo tripulado, de acordo com ele, está regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e só pode ser fiscalizado pela União, conforme o artigo 22, inciso I, da Constituição Federal. Já os balões juninos, que de fato representam riscos de incêndio, estão proibidos por lei federal desde 1998.

Além disso, o vídeo divulgado pelo prefeito teve um tom irônico e inadequado. Nele, o gestor aparece estourando um balão com a legenda “ainda mais vermelho”, em alusão ao balão colorido e à sua crítica recorrente a opositores. Para Vítor Costa, a cena reforça o uso político da dor alheia: “Será que agora vão proibir esqui ou submarinos no Rio Itapecerica?”, ironizou.

Pautas realmente urgentes

Na visão do vereador, a gestão municipal deveria concentrar esforços em questões locais urgentes, em vez de tentar ganhar visibilidade com temas nacionais. Ele cobrou a atenção do Executivo a projetos e demandas que seguem parados, como:

  • Liberação do passe livre para crianças autistas, paralisado há meses;
  • Regulamentação da Lei Romário, que reduz a carga horária de servidores com filhos PCDs;
  • Criação da guarda municipal, promessa de campanha do prefeito ainda não cumprida;
  • Ações contra a violência doméstica, lembrando o caso recente da jovem que pulou de um prédio para fugir do companheiro;
  • Reforço ao CREAS, que atualmente lida com excesso de demandas sem estrutura adequada.

Ao final, Vítor Costa reforçou que não se pode governar apenas com decretos simbólicos e vídeos em redes sociais, enquanto problemas reais seguem ignorados. A população, segundo ele, precisa de medidas eficazes, não de “cortinas de fumaça”.