Manifestação está prevista para agosto; Situação caminha para colapso, afirma presidente da AMM

Amanda Quintiliano

Os prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Itapecerica (Amvi) aceitaram a proposta do presidente da Associação dos Municípios Mineiros (AMM) e prefeito de Moema, Julvan Lacerda (MDB) e ameaçam fechar as prefeituras em protesto contra os atrasos de repasses estaduais. A manifestação deverá ser realizada em agosto, após outras regionais se reunirem.

A ideia foi apresentada nesta segunda-feira (23) no encontro dos prefeitos, na Amvi, em Divinópolis. Para se ter ideia, o Estado deve cerca de R$248 milhões a 32 municípios do Centro-Oeste. Considerando todas as cidades mineiras, o valor sobe para R$7 bilhões. O atraso atinge vários setores, mas principalmente a saúde e educação.

“Chegamos ao fato de que não vamos conseguir pagar os salários este mês. Não porque queremos. Isso é consequência dos atos irresponsáveis do governo do Estado”, afirmou o presidente da AMM.

Um dos maiores impactos será sentido em agosto, quando devem ser pagos os salários referentes a julho. Isso porque o Estado não passou nenhum centavo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) – principal fonte de receita da educação.

Para tentar fazer com que o Estado arque com os compromissos, os prefeitos devem fechar as prefeituras e irem a Belo Horizonte em protesto. O dia da manifestação não foi definido.

“Vamos, a partir de agosto, fazer uma paralisação geral. As prefeituras irão parar e vamos para Belo Horizonte”, reforçou Lacerda.

A paralisação é uma decisão conjunta que parte a partir de encontros como o realizado hoje em Divinópolis.

“Algumas regionais se reuniram na semana passada, outras irão se reunir ao longo desta semana. Assim vamos fazendo essa construção para podermos agir juntos”.

Colapso

O presidente da AMM apontou para um colapso caso a situação não seja normalizada. Segundo ele, a única coisa que tem mantido algumas prefeituras são ações judiciais com decisões favoráveis a elas.

“Se não fosse isso já estaria em colapso”, enfatizou.

Penúria

A situação de penúria também foi destacada pelo presidente da Amvi e prefeito de Carmo da Mata, Almir Resende (PSDB). Assista o vídeo.

Município

Dívida do Estado

com os municípios

Itaguara R$3.617.055,3
Itapecerica R$3.218.057,9
Itaúna R$15.120.203,4
Japaraíba R$1.119.644,54
Moema R$1.478.260,96
Nova Serrana R$17.516.343,86
Oliveira R$13.457.859,48
Pedra do Indaiá R$912.046,00
Perdigão R$1.743.136,38
Pains R$3.136.690,04
Pará de Minas R$21.411.080,21
Pitangui R$4.384.429,03
Santo Antônio do Monte R$10.511.872,05
São Francisco de Paula R$1.678.089,01
São Gonçalo do Pará R$2.337.776,12
São Tiago R$2.177.991,3
Araújos R$1.485.210,56
Arcos R$7.919.983,87
Bambuí R$4.634.828,94
Bom Despacho  R$10.430.384,6
Camacho R$1.237.802,84
Carmo da Mata R$2.656.604,17
Carmo do Cajuru R$4.030.043,92
Carmópolis de Minas R$3.583.769,64
Cláudio R$5.118.333,84
Conceição do Pará R$1.198.799,61
Córrego Fundo R$1.462.096,17
Crucilândia R$1.053.393,72
Divinópolis R$81.939.087,28
Formiga R$14.131.826,82
Igaratinga R$1.652.097,42
Iguatama  R$2.246.776,61