Amanda Quintiliano 

Poliany Mota

Mães chegaram a pedir ajuda da prefeitura durante protesto contra o corte de  50 vagas (Foto: Poliany Mota)

Mães chegaram a pedir ajuda da prefeitura durante protesto contra o corte de 50 vagas (Foto: Poliany Mota)

Após o presidente do Lar das Meninas, Maurício Paiva, alertar sobre a situação crítica vivida pela entidade, por falta de recursos financeiros, e o risco dela encerrar suas atividades, a prefeitura finalmente se pronunciou, através do secretário de desenvolvimento social Paulo dos Prazeres, sobre a possibilidade de realizar ações que ajude a manter o funcionamento da instituição.

 

Segundo o secretário, além de não atender os requisitos necessários para receber recursos da prefeitura, o Lar das Meninas não procurou o órgão para solicitar nenhum tipo de auxílio. “A entidade não cumpre as exigências e a gente não foi procurado diretamente por ela”, contou.

 

Paulo dos Prazeres afirmou que a assistência social está mudando. Segundo ele, os serviços contavam muito com o apoio da comunidade e do terceiro setor, organizações não governamentais que realizam doações a entidades beneficentes, e hoje enfrenta problemas de gestão pública. Explicação dada também pelo presidente do Lar, sobre a crise financeira.

 

O Secretário disse ainda que será realizada uma visita, para analisar a situação da instituição e a partir daí começar a procurar possíveis medidas para tentar solucionar o problema.

 

“Iremos eu, a secretária de educação [Rosemary Lasmar da Costa], o chefe de gabinete Walan Delano e a procuradora Taciana Alcântara de Carvalho. Vamos escutar o Lar das Meninas e ver que condição de adequação tem aquele serviço, que é importante, tem uma história longa no município, já fez muita gente boa crescer e tirou muita gente de uma vida ruim, estou falando de passar fome mesmo. Vamos buscar a forma de ajudá-los”. Segundo ele, a partir do encontro, começará a ser consolidada algumas ações, ou na Secretaria de Desenvolvimento Social, ou na Secretaria de Educação.

 

Sobre o fato de não ter procurado a prefeitura para comunicar as dificuldades enfrentadas pelo Lar, o presidente da entidade, Maurício Paiva, afirmou que não era necessário, já que o caso foi destaque em todos os jornais da cidade. “Tem dois anos que nós estamos com esse problema. Durante todo esse tempo os jornais abordaram o assunto, todo mundo sabe da situação do Lar, inclusive a prefeitura. Nós fazemos um serviço social que deveria ser realizado por ela, por essa razão a prefeitura que deveria nos procurar”, questionou. Ainda segundo Maurício Paiva a reunião com os representantes da prefeitura foi marcada para segunda-feira (30).