Secretário rebate; Declaração vai na contramão da informação divulgada pela comunicação do município
A proposta para abertura de leitos emergenciais para Covid-19 no hospital regional em Divinópolis não foi anexada ao sistema do governo estadual pelo município. A informação foi divulgada pelo próprio estado, nesta terça-feira (1/6) em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
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Questionamentos sobre a abertura dos leitos dominou a reunião realizada em forma on-line. Lideranças indagaram sobre o interesse do governo em utilizar a estrutura do hospital regional para uma possível unidade de campanha.
Em resposta às indagações, a representante do governo do estado disse que não há nenhuma orientação para não dar sequência ao projeto de abertura dos leitos. Entretanto, empurrou para o município.
Revelou que a proposta não foi cadastrada no sistema do estado pela Prefeitura de Divinópolis e que sem ela não há como dar andamento.
“Não é burocracia. Não estamos causando entraves, somente pedindo que seja cadastrada proposta”, declarou, dizendo que os R$3,6 milhões para as adequações estão garantidos.
Ela ainda frisou a importância de seguir os trâmites legais e que todas as exigências são baseadas na lei.
Em reposta, o secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo da Silva admitiu que a proposta não foi cadastrada. Entretanto, reagiu à declaração da representante do estado.
“Todos os documentos estão prontos para serem inseridos no sistema (…) Típico discurso de quem não quer que saia. Então diga que não quer”, rebateu.
Informação contrária a divulgada pela assessoria de comunicação da prefeitura ao PORTAL GERAIS no dia 18 de maio. Na época, foi informado que o município já tinha anexado os documentos no sistema.
“O sistema que utilizamos para formalização de convênio com o estado chama-se Gicon, é um é um sistema que a gente vai colocando os documentos a medida que o protocolo do Estado vai solicitando. A gente anexou todos os documentos, o Estado revisou os documentos e ele pediu para gente fazer algumas alterações. Reinserimos esses dos documentos hoje à tarde, agora aguardamos o posicionamento. Estamos aguardando a Secretaria de Estado emitir o parecer, se tiver tudo OK, não tiver mais pendências, ela já envia para formalização e assinatura do convênio”, nota da prefeitura do dia 18 de maio.
O superintendente da regional de Saúde Oeste, Júlio Barata garantiu que é “total interesse do estado” abrir o hospital de campanha.
Entretanto, por fim, não houve uma definição e garantia de quando devem ser instalados os leitos emergenciais.
Seriam instalados 20 leitos de terapia intensiva e outros 40 de enfermaria em uma ala mais avançada na obra do hospital regional para atender a macrorregional Oeste. Investimento de R$3,6 milhões, além de um repasse de R$950 mil por mês para custeio.