Eles pressionam vereadores a cobrarem do prefeito o cumprimento de lei

Em estado de greve desde o dia 25 de março, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Municipais do Município de Divinópolis (Sintram), foram até à Câmara de Divinópolis, nesta quinta (04).

A visita ao Legislativo faz parte das medidas tomadas pelos servidores, através de uma assembleia, realizada no último mês. Ao PORTAL CENTRO-OESTE, o diretor jurídico do Sintram, Antônio Leonardo Rosa, explicou que o sindicato compareceu para que os servidores cobrem do Executivo o cumprimento da Lei Municipal 8.083 (a Lei do Gatilho), que garante, em todo o mês de março, a reposição salarial dos trabalhadores, o que segundo ele, não ocorreu na folha de pagamento do referido mês, em 2019.

“Neste ano seriam 4.59%, que se refere ao índice do IPCA da fundação IPEAD/UFMG. Portanto, viemos cobrar dos parlamentares para que cobrem do Executivo o cumprimento da lei”, falou Antônio.

O diretor jurídico do Sintram também relatou que o sindicato tem a promessa de alguns parlamentares de que, caso haja descumprimento da norma, haveria um acionamento judicial ao chefe do Executivo, Galileu Machado (MDB), por desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Agora estamos aguardando que cumpram com as promessas”, afirmou Antônio.

Negociação

Ainda de acordo com Antônio, o sindicato aguarda há dez dias o agendamento de uma reunião com a prefeitura, para levar as reivindicações. Ele contou que o Sintram levou um ofício e que a cada dia, é apresentada uma justificativa diferente para a mesma não ser marcada.

“Assim que a reunião acontecer, vamos nos reunir com os servidores para traçar os futuros rumos. Caso contrário, pensamos em fazer um dia de paralisação, para forçar o Executivo pelo menos a sentar na mesa de negociação, pois até hoje não nos receberam para que possamos entregar a eles as nossas reivindicações”, finalizou.

O Estado de Greve possui 120 dias de duração.

Prefeitura

O PORTAL procurou a prefeitura e a mesma, através da assessoria de imprensa, afirmou que a reposição salarial não aconteceu devido às dificuldades financeiras e a falta de repasses do Estado, que deve R$ 115 milhões ao município.

Sobre a reunião em questão, entre sindicato e Executivo, a mesma ainda não há data marcada para acontecer, de acordo com a prefeitura.