Governo alega que a maior parte dos salários dos servidores circula no comércio e serviços locais
A prefeitura de Divinópolis tratou como fundamental a aprovação do projeto que autoriza a suspensão do pagamento dos encargos previdenciários dos servidores. Em nota publicada, nesta segunda-feira (03), o governo diz acreditar “na aprovação da proposta, para garantir o pagamento dos salários em dia”.
A administração, conforme já publicado pelo PORTAL GERAIS, também o classificou como “fundamental para economia da cidade, principalmente com a chegada do fim de ano”.
“A situação financeira é grave. Ou a Prefeitura faz o parcelamento e paga em dia, ou terá que parcelar salários. E é por isso que a proposta vem recebendo o apoio de quem quer o bem de Divinópolis. Esse assunto não pode ser tratado como argumento eleitoreiro. Para se planejar o futuro, é preciso primeiro fazer o presente”, afirmou.
De acordo com o governo, os servidores são responsáveis em injetar cerca de R$22 milhões na engrenagem da economia local. Deste total, R$15 milhões vão direto para o bolso do funcionalismo.
“Em um período de crise econômica mundial, provocada pela pandemia da Covid-19, o pagamento em dia dos salários é um importante mecanismo para se manter a economia de Divinópolis, já que a maior parte desses recursos circula no comércio e serviços locais”, argumentou.
Mais uma vez, a administração usou a crise devido ao impacto na arrecadação para justificar a necessidade de suspender até o final do ano o repasse ao Instituto de Previdência, o Diviprev.
“Para garantir a folha em dia, a alternativa aprovada pelo Governo Federal foi a possibilidade de parcelamento das contribuições previdenciárias patronais, no caso de Divinópolis, o Diviprev. Afinal, neste momento, é mais importante o dinheiro circulando do que aplicado em um banco”, enfatizou.
Dívida
Com a suspensão a nova administração poderá herdar cerca de R$25 milhões. O montante deverá ser negociado e parcelado. Pela norma federal, os municípios tem até 31 de janeiro para renegociar e o montante pode ser dividido em até 60 parcelas.
A pauta da primeira reunião após o recesso ainda não foi publicada. A câmara não confirmou se o projeto será colocado para apreciação nesta quarta-feira (05). O presidente da Comissão de Fiscalização, o vereador Renato Ferreira ainda não assinou o relatório, sem a assinatura a votação fica prejudicada. Ele disse que aguarda os pareceres solicitados às entidades municipalistas.
Ainda segundo o vereador, eles querem a garantia que o dinheiro não repassado à previdência será usado para manter a folha de pagamento em dia.
Uma mensagem modificativa deverá ser encaminhada pelo governo à câmara.