Júlia Sbampato
Audiência Pública para tratar do destino do depósito clandestino de lixo hospitalar no Distrito Industrial de Divinópolis rendeu um documento com uma série de deliberações que serão enviadas à prefeitura da cidade. A audiência solicitada pelo vereador Dr. Delano (PMDB) foi realizada na noite desta segunda-feira (30) na Câmara Municipal.
Delano, leu nesta terça-feira (31) as deliberações durante a reunião ordinária. A primeira determinação é de que o Executivo deve retirar o lixo e depois cobrar os gastos que tiver de quem for responsabilizado judicialmente. O prazo estipulado para uma posição da prefeitura é de dez dias e foi acatado pelo vice-prefeito, Rinaldo Valério que esteve presente na reunião.
Foi definido que o local deverá receber placas indicativas para interdição do lixo bem visíveis, maiores do que as que contêm hoje no local. Durante o período, deverão ser implantados serviços de vigilância permanente no local, a fim de evitar que pessoas entrem em contato com o lixo.
Outra deliberação solicitada foi a de dar publicidade ao furto de três caixas de água no local, que continham resquícios de lixo hospitalar altamente contaminável. O vereador Dr. Delano, em sua fala durante a reunião ordinária, coloca que caso as pessoas que tenham furtado estejam vendendo essas caixas, fiquem cientes que estão vendendo também ‘a morte’, porque elas possivelmente contêm doenças como Hepatite A e B o vírus HIV.
Foi pedido também um estudo técnico aprofundado de contaminação do lençol freático, e uma análise pós estudo e laudo técnico por parte dos órgãos responsáveis sobre a incineração do material e incineração do mesmo em altos fornos de siderúrgicas da nossa cidade.
Por fim, pede-se que sejam oficializadas e notificadas todas as prefeituras responsáveis pelo lixo hospitalar armazenado no local, considerando que s maiorias destes resíduos são originária destas cidades. E que, após a retirada de todo o material, que seja emitido por parte dos órgãos responsáveis laudo técnico que garanta que o imóvel estará apto para ser usado novamente e sem contaminação.
O problema:
A Audiência foi convocada após os proprietários do imóvel que foi locado por uma empresa que se instalou no local, procurarem a Câmara para relatar o drama que vivem há cerca de quatro anos, desde que se descobriu que o espaço vinha sendo utilizado como depósito clandestino para lixo de hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias e outros estabelecimentos que lidam com saúde. No local estão desde seringas, remédios e objetos cortantes, até partes de corpo humano que já deveriam ter sido enterradas ou incineradas.
Participaram da Audiência os vereadores: Renato Ferreira (PSDB) e Ademir Silva (PSD) da Comissão de Saúde Pública, o vereador Dr Delano (PMDB) autor do pedido, e vereadores Cleitinho Azevedo (PPS), Edson Sousa (PMDB) e Janete Aparecida (PSD).
Representantes que foram convocados que estiveram na audiência foram: o ex-Secretário de Meio-Ambiente Willian Araújo; o Vice-Prefeito Rinaldo Valério; a Diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares; a Delegada Adriene Lopes e o Diretor de Meio-Ambiente da Prefeitura de Divinópolis, Sub Tenente Teodoro. Os proprietários do imóvel participaram no momento aberto ao público, mas foram representados durante toda a discussão pela advogada Juliana Liduário que é responsável pelo caso.