Foto: Ricardo Miranda/TV Alterosa

Júlia Sbampato

Audiência Pública para tratar do destino do depósito clandestino de lixo hospitalar no Distrito Industrial de Divinópolis rendeu um documento com uma série de deliberações que serão enviadas à prefeitura da cidade. A audiência solicitada pelo vereador Dr. Delano (PMDB) foi realizada na noite desta segunda-feira (30) na Câmara Municipal.

 Delano, leu nesta terça-feira (31) as deliberações durante a reunião ordinária. A primeira determinação é de que o Executivo deve retirar o lixo e depois cobrar os gastos que tiver de quem for responsabilizado judicialmente. O prazo estipulado para uma posição da prefeitura é de dez dias e foi acatado pelo vice-prefeito, Rinaldo Valério que esteve presente na reunião.

Foi definido que o local deverá receber placas indicativas para interdição do lixo bem visíveis, maiores do que as que contêm hoje no local. Durante o período, deverão ser implantados serviços de vigilância permanente no local, a fim de evitar que pessoas entrem em contato com o lixo.

Outra deliberação solicitada foi a de dar publicidade ao furto de três caixas de água no local, que continham resquícios de lixo hospitalar altamente contaminável. O vereador Dr. Delano, em sua fala durante a reunião ordinária, coloca que caso as pessoas que tenham furtado estejam vendendo essas caixas, fiquem cientes que estão vendendo também ‘a morte’, porque elas possivelmente contêm doenças como Hepatite A e B o vírus HIV.

Foi pedido também um estudo técnico aprofundado de contaminação do lençol freático, e uma análise pós estudo e laudo técnico por parte dos órgãos responsáveis sobre a incineração do material e incineração do mesmo em altos fornos de siderúrgicas da nossa cidade.

Por fim, pede-se que sejam oficializadas e notificadas todas as prefeituras responsáveis pelo lixo hospitalar armazenado no local, considerando que s maiorias destes resíduos são originária destas cidades. E que, após a retirada de todo o material, que seja emitido por parte dos órgãos responsáveis laudo técnico que garanta que o imóvel estará apto para ser usado novamente e sem contaminação.

O problema:

A Audiência foi convocada após os proprietários do imóvel que foi locado por uma empresa que se instalou no local, procurarem a Câmara para relatar o drama que vivem há cerca de quatro anos, desde que se descobriu que o espaço vinha sendo utilizado como depósito clandestino para lixo de hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias e outros estabelecimentos que lidam com saúde. No local estão desde seringas, remédios e objetos cortantes, até partes de corpo humano que já deveriam ter sido enterradas ou incineradas.

Participaram da Audiência os vereadores: Renato Ferreira (PSDB) e Ademir Silva (PSD) da Comissão de Saúde Pública, o vereador Dr Delano (PMDB) autor do pedido, e vereadores Cleitinho Azevedo (PPS), Edson Sousa (PMDB) e Janete Aparecida (PSD).

Representantes que foram convocados que estiveram na audiência foram: o ex-Secretário de Meio-Ambiente Willian Araújo; o Vice-Prefeito Rinaldo Valério; a Diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares; a Delegada Adriene Lopes e o Diretor de Meio-Ambiente da Prefeitura de Divinópolis, Sub Tenente Teodoro. Os proprietários do imóvel participaram no momento aberto ao público, mas foram representados durante toda a discussão pela advogada Juliana Liduário que é responsável pelo caso.