Warlon diz que intervenção pode provocar desmonte do conselho; Ele teria denunciado deliberação ao MP

O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Divinópolis Warlon Elias acusou o secretário de Saúde, Alan Rodrigo Silva de coerção. Ele usou a tribuna da câmara, nesta terça-feira (16). Dentre as pontuações, falou de uma possível interferência que pode levar ao desmonte da entidade, hoje deliberativa.

“Repudio a Secretaria de Saúde em um ato do secretário em que ele me acusa de manipular a plenária. Assim como, invertendo valores, ele busca possíveis erros ou equívocos do conselho e encaminha ao Ministério Público.  Esse ato, de forma indireta, denota coerção do controle social e um possível desmonte do mesmo”, afirmou.

O presidente ainda disse que a interferência tem gerado receio entre os conselheiros.

“Os conselheiros são simples e não querem os nomes deles em situações como essa, podendo deixar o conselho por receio. A questão não é de um prefeito, é de um secretário que pode estar assustado e que vê no ataque sua arma de defesa”, destacou.

A denúncia, conforme apurou a reportagem do PORTAL GERAIS, estaria relacionada a um pagamento autorizado pelo conselho ao Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) ainda no mandato anterior. Ela deverá ser detalhada no dia 22 deste mês.

Outras questões

Warlon Elias também criticou a mudança de endereço da Semusa. Disse que a economia de R$20 mil pode trazer outros prejuízos com a relocação de 116 funcionários em um dos andares do Centro Administrativo no alto da avenida Paraná.

“Aglomeração de funcionários em ambientes, uma vez que as salas podem não comportar o distanciamento dificultando o atendimento aos cidadãos”, pontou, citando que os servidores não recebem equipamento de proteção individual e lidam com possíveis casos suspeitos de COVID-19.

Disse também que o Conselho Regional de Odontologia enviou um ofício pedindo que o Conselho de Saúde acompanhe a transparência no cumprimento da primeira fase de vacinação conforme as deliberações vigentes e a prioridade.

“Suspeito que a mudança da secretaria não foi em momento oportuno causando prejuízo a vacinação no município de Divinópolis”, declarou.

Sobre a transferência de 12 pacientes da macrorregião Triângulo Norte, destacou a necessidade de abertura de novos leitos.

“Temos que questionar o governador para que abra mais leitos na região evitando impacto na economia e transferência de pacientes locais para cidades distantes”.

A assessoria de comunicação da prefeitura informou que “não há nenhuma representação oficial por parte da Secretária de Saúde ou da Prefeitura em face do Conselho Municipal de Saúde perante o Ministério Público ou qualquer outro órgão”.