60 pessoas, entre atletas, comissão técnica e staff, tiveram os contratos encerrados
O presidente do Guarani, Vinícius Morais se pronunciou após o rebaixamento do clube, no Campeonato Mineiro, ocorrido na semana passada. Em entrevista concedida à imprensa, o dirigente falou sobre a situação atual, o futuro do clube e também do cargo em que ocupa no Bugre.
Rebaixamento
Sobre a queda, Vinícius afirmou que o clube sabe a dor que isso representa, mas relatou que é preciso absorver a situação e tentar pegar algo de bom no que aconteceu, para seguir em frente.
O presidente do Bugre contou que do lado de fora de campo, no entendimento da diretoria, houve a busca do que poderia ser feito, porém o resultado positivo não foi alcançado. Ele abordou também a falta de incentivo no esporte em Divinópolis.
“É um discurso que não gostaria de falar, dentro de um momento negativo, porque fica parecendo desculpa de quem não conseguiu o resultado, mas Divinópolis precisa mudar um pouco a postura em relação ao esporte, precisamos respirar mais o esporte, em um contexto geral, não só o Guarani, o futebol e isso irá refletir nos resultados. Tem que ter um cuidado para se falar isso, mas a situação e a realidade do clube, perante as outras equipes do interior é essa. Na primeira divisão, vai brigar na parte de baixo, no Módulo II, disputará de igual, mas se não mudar um contexto das coisas, deixar só para acontecer dentro de campo, vai ser sempre assim”, declarou.
Morais falou sobre ofertas para o Bugre sair de Divinópolis, mas na percepção dele, isso não pode ocorrer, pela identificação do clube com a cidade.
“Pelo menos na minha cabeça, não passa a acontecer e acredito que o que tem que mudar mesmo é um pouquinho do que a gente pensa do esporte em geral na cidade”, falou.
Fim de contratos
Em relação ao departamento de futebol profissional do Guarani, Vinícius explicou que após o fim da primeira fase do Campeonato Mineiro e a concretização do rebaixamento, aproximadamente 60 pessoas, entre atletas, comissão técnica e staff, tiveram os contratos encerrados.
“Não se tem competição, calendário, então o clube tem que realmente liberar as pessoas que trabalharam e já pensar para 2020”, disse.
Futuro como presidente
Vinícius está no cargo de presidente do clube desde junho de 2016, sendo reeleito em 2018 e ainda possui mandato até o final de 2020. Sobre a continuidade como gestor do Guarani, Morais acredita que se o conselho e a diretoria entenderem que alguém tenha outra perspectiva para assumir a presidência, ele não teria vaidade sobre deixá-la e disse que o primordial é pensar no bem do clube.
“Quando você entra em um projeto, a ideia é chegar até o final, mas tem percalços e coisas no caminho, que às vezes fazem isso mudar. Acredito que todo mundo, na vida, se planeja e dentro do passar do tempo, das ações, vão revendo algumas coisas. A situação agora é de, principalmente de rebaixamento, rever tudo o que vem sendo feito no clube e se enxergar que a mudança é benéfica, não vejo como problema”, finalizou.
Foto de capa: Portal Centro-Oeste/Arquivo