Programação e calendários das oitivas serão definidos
Marcelo Lopes
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar indícios da prática de atos lesivos ao interesse público por parte do Poder Executivo, terá a primeira reunião para definir os convocados que participarão das oitivas nesta sexta-feira (08). Ela foi instaurada após o vazamento de áudios envolvendo o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), o ex-aliado dele, Marcelo Marreco e o editor do Divinews, Geraldo Passos. As gravações revelam uma suposta negociata de cargo na prefeitura da cidade.
O que já existe de definição é a função de dois integrantes da comissão, que é composta por Ademir Silva (PSD), Edson Sousa (MDB), Josafá Anderson (PPS), Raimundo Nonato (PDT) e Renato Ferreira (PSDB).
“Já foi definido o presidente, que será o vereador Ademir Silva e o relator será o Renato Ferreira. Vamos nos reunir a partir de 14h30, para fazer as convocações e o calendário das oitivas”, disse Edson Sousa.
Pedido reprovado de cassação
Sobre a rejeição do recebimento da “Denúncia de Infração Político Administrativa”, cujo intuito era pedir a cassação do mandato do atual prefeito Galileu Machado (PMDB), ele lamentou.
“O povo perdeu a batalha do impeachment, ele foi arquivado (…) mas, com toda a certeza, vamos convocar o prefeito, o Geraldo Passos, a esposa do Geraldo, o Roberto Chaves (secretário de governo), o Fausto Barros (ex-assessor), o Marreco e até a própria Associação de Advogados do Centro-Oeste de Minas (AACO), para que possam contribuir”, disse.
“Acredito que ainda tem muita coisa para acontecer, muitas pessoas estão tentando se afastar do processo e a CPI, como já dizia alguém, é uma espingarda de cano torto, onde você atira em um lugar e acerta outro. Vamos apurar com muita responsabilidade e sem fazer nenhum pré julgamento, mas muitas perguntas deverão ser respondidas pelo Galileu e pelas pessoas envolvidas”, declarou.
Edson finalizou, dizendo que nada mudou com a reprovação do documento e que muita coisa virá à tona e que agora, os depoentes terão que prestar depoimentos pela legalidade.
“Agora terão que falar pela lei, pela moralidade, transparência, pelo estado democrático de direito e perante a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem poder muito forte para as apurações”, concluiu.