Ministério da Saúde confirma notificação; país já soma 127 casos ligados a bebidas adulteradas, com 11 confirmações
O primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Minas Gerais foi notificado em Santa Maria do Suaçuí, na região do Rio Doce. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Até o momento, não há detalhes sobre o estado de saúde do paciente.
De acordo com o Ministério, o Brasil já registrou 127 casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 11 confirmados e 116 seguem em investigação, incluindo o caso mineiro.
Casos de em todo o país
O levantamento aponta que São Paulo concentra 104 ocorrências, sendo 11 confirmadas e 93 em análise. Outros estados também monitoram possíveis vítimas: Pernambuco (7), Mato Grosso do Sul (4), Bahia (2), Goiás (2), Paraná (2), Distrito Federal (1), Roraima (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Espírito Santo (1) e Piauí (1).
Em Santa Maria do Suaçuí, cidade com 12.788 habitantes, segundo o IBGE (2022), a suspeita acende o alerta das autoridades de saúde para o risco do consumo de bebidas de procedência duvidosa. O município tem 624 km² de área e faz parte da microrregião de Governador Valadares.
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Alerta de sintomas e cuidados em caso de suspeita de intoxicação por Metanol
Antes mesmo da notificação do caso suspeito, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já havia encaminhado orientações às regionais de saúde para ampliar a vigilância e reforçar a necessidade de notificação imediata de qualquer suspeita de intoxicação por metanol.
A SES-MG destaca que o envenenamento pode evoluir de forma rápida e causar cegueira irreversível e risco de morte. Em situações suspeitas, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois o diagnóstico e o início do tratamento nas primeiras seis horas após os sintomas são determinantes para salvar vidas.
Os primeiros sintomas podem surgir até seis horas após o consumo. Eles incluem dor abdominal intensa, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, sonolência e confusão mental. Entre seis e 24 horas, podem aparecer sinais mais graves, como visão turva, sensibilidade à luz, perda da visão das cores, convulsões e até coma.
Embora esses sinais possam confundir com os de uma ressaca comum, a evolução é rápida e pode ser fatal. Por isso, o atendimento precoce é essencial para preservar a vida.
Para reduzir os riscos de intoxicação, a SES orienta a comprar bebidas apenas em locais de confiança, verificar lacres e rótulos e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Medida, conforme o órgão, fundamental para evitar o consumo de produtos adulterados com substâncias tóxicas.
