Levantamentos foram realizados pelo presidente da câmara, Eduardo Print Jr (PSDB)

Presidente da câmara garantiu que não irá alterar membros e diz que o líder deveria se declarar auto suspeito

O presidente da Câmara de Divinópolis, o vereador Eduardo Print Jr (PSDB) disse, nesta segunda-feira (25/4), que não irá substituir os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os gastos da prefeitura com educação, conhecida como CPI da Educação. O parlamentar diz estar seguro sobre a decisão e que o líder do governo, Edsom Sousa (CDN), nomeado para integra-la, quer dificultar.

“O que ele quer, o que estou sentindo, é a cada minuto que passa, arrumar um jeito de dificultar o andamento da comissão. Se não tem nada a temer, nomeia, faz a apuração inicial, não tem nada, bota para o plenário”, afirma Print Jr.

O presidente diz que nomeou Sousa após ele solicitar para integrar a CPI.

“Democraticamente permiti que ele participasse, a pedido dele. No outro dia, ele arruma a confusão de que ele e o Josafá não poderiam estar juntos”, explica Print.

Do mesmo partido, Josafá Anderson decidiu abrir mão para que Sousa permanecesse.

“Como a comissão pode ter de três a cinco membros e ele tinha me pedido uma proporcionalidade maior, eu coloquei o vereador do PV e outro do Patriota a mais”, cita o presidente.

A CPI é formada por cinco vereadores, são eles: Lohanna França (PV), Flávio Marra (Patriota), Hilton de Aguiar (MDB), além de Edsom Sousa e também do vereador requerente, Ademir Silva (MDB).

“Ele quer, neste momento, que um do MDB saia. Como que vai sair se o denunciante, ele não pode ser nem relator e nem presidente, ele só pode ser membro?”, indaga.

Print ainda provocou: “E o Edsom, que se prega tão modesto e zeloso com a lei, ele como líder do governo não poderia participar nem como presidente e relator. Ele tinha que se declarar auto suspeito e participar apenas como membro”.

Grande número de CPI’s

O presidente da Câmara ainda citou ao alto número de CPI’s em andamento como dificultador para a formação dos membros. Cada edil pode participar apenas de três comissões na câmara.

“O Israel da Farmácia não pode participar porque ele já está em três. Eduardo Azevedo é irmão do prefeito. Como vou nomear ele? É difícil falar em transparência com o irmão do prefeito defendendo o interesse do prefeito. Diego Espino está sendo investigado e pode a qualquer momento deixar ou não o plenário. O que nos restou foram esses vereadores”, pontua.

Sousa, que ameaçou travar os trabalhos da comissão, tem até o final desta semana para constituí-la, como vereador mais idoso. Caso isso não ocorra, caberá ao segundo vereador mais velho iniciar os trabalhos elegendo o presidente e secretário.

“Não é ficar arrumando culpa nas nomeações do vereador A, B ou Y, isso não vai levar a nada. Estou muito seguro que estou seguindo o regimento interno”, declara Print, que lamentou as consecutivas manobras.

“Uma pena chegar a esse ponto de um vereador pedir para participar da comissão”.

Sousa alega desproporção na nomeação, afirmando que o MDB tem duas cadeiras e o PSC – partido do prefeito – não tem nenhuma.

O líder do govenro cita o artigo 86 do Regimento Interno que diz: “Na constituição das comissões é assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das bancadas ou dos blocos parlamentares”.

Já o presidente frisa o trecho “tanto quanto possível”.