Declaração ao IMA é obrigatória e garante emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), essencial para comercialização
Os produtores rurais de Minas Gerais têm até 30 de junho para realizar a Atualização de Rebanho 2025 junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A medida, estabelecida pela Portaria nº 2.227/2023, exige a declaração de dados atualizados sobre os animais presentes nas propriedades, incluindo bovinos, bubalinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos, aves, abelhas e animais aquáticos.
Segundo o médico veterinário do IMA em Janaúba, João Victor Strapazzon, Minas Gerais é reconhecido nacionalmente como área livre de febre aftosa sem vacinação, conforme certificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Agora, o foco é manter os dados dos rebanhos atualizados no sistema do IMA para fortalecer a defesa sanitária”, afirma.
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O que deve ser declarado?
Além do número total de animais por espécie, os produtores devem informar:
- Nascimentos e óbitos;
- Faixa etária e sexo dos animais;
- Evolução de idade dos rebanhos;
- Compatibilidade entre o número de nascimentos e fêmeas em idade reprodutiva.
A atualização pode ser feita online, pelo Portal do Produtor no site do IMA, ou presencialmente, em uma das unidades do órgão.
Produtores que não cumprirem o prazo ficarão impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para transporte e comercialização de animais. Sem a GTA, ficam inviabilizadas atividades como vendas, participação em feiras e leilões, impactando diretamente a rotina da produção.
Minas Gerais: potência agropecuária
O estado possui um dos maiores rebanhos do país, com mais de 24 milhões de bovinos, 156 milhões de aves, 4 milhões de suínos e 557 mil colmeias, além de expressivos números em outras espécies. A atualização cadastral é estratégica para garantir rastreabilidade, segurança alimentar e acesso a mercados internacionais.
A regularidade nas declarações ao IMA é fundamental para que Minas Gerais conquiste o status internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esse reconhecimento pode abrir portas para mercados exigentes, como China e Canadá, ampliando as oportunidades de exportação e valorizando a pecuária mineira.
Para os produtores, a medida representa expansão de negócios; para os consumidores, maior confiabilidade na origem dos produtos. A atualização do rebanho, portanto, vai além da obrigação legal – é um passo essencial para o crescimento sustentável do agronegócio em Minas Gerais.
Com informações da Agência Minas.