A próxima Assembleia Geral será realizada em Divinópolis, como parte do processo de interiorização das atividades da greve.
Nessa quarta-feira (12/06), a greve na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) teve um dia intenso de atividades em Belo Horizonte. Professores mobilizados pela ADUEMG/CGG participaram de duas importantes ações. Pela manhã, ocorreu no auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma audiência pública sobre as condições de trabalho dos docentes, analistas e técnicos administrativos da UEMG, promovida pela Comissão de Trabalho, Previdência e Assistência Social, presidida pelo deputado Betão.
Precariedade salarial e de trabalho
A audiência foi marcada por denúncias sobre a precariedade das condições remuneratórias e de trabalho das categorias. Os diretores da ADUEMG – Túlio Lopes, Wilma Guedes e Cássio Diniz – criticaram a inflexibilidade do governo em atender reivindicações cruciais da greve, como a recomposição do orçamento da UEMG, o aumento da Ajuda de Custo e soluções para os docentes do regime de 20 horas, que há anos pleiteiam a mudança para 40 horas.
Continuidade da greve
Durante a tarde, os docentes realizaram uma Assembleia Geral nas dependências da Escola de Design. Com uma grande presença de professores, a categoria debateu as últimas notícias e ações da semana, com informes do presidente da ADUEMG, Túlio Lopes. Após o debate, a categoria votou pela continuidade da greve com intensificação das atividades. A próxima assembleia geral está marcada para o dia 20 de junho na unidade acadêmica de Divinópolis, como parte do processo de interiorização das atividades da greve.
Reivindicações
De acordo com o presidente da ADUEMG, Túlio Lopes, “Após 40 dias de GREVE na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a categoria docente segue mobilizada em 19 das 22 unidades acadêmicas localizadas em Belo Horizonte e outras 15 cidades mineiras. Conseguimos avançar em algumas pautas importantes, como a garantia de realização de concursos para docentes, técnicos-administrativos e analistas, verbas para a construção de dois Restaurantes Universitários, garantia de pagamento por titulação dos contratados e manutenção da ajuda de custo em casos de licença”, informou.
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Ele ainda destaca sobre o regime de trabalho: “Também conquistamos o reajuste contemplando a inflação de 2023, a recomposição de parte do orçamento e a formação de dois grupos de trabalho sobre Dedicação Exclusiva e alteração de regime de trabalho 20/40. Contudo, o Governo Zema segue não cumprindo o acordo de Greve, desrespeitando a Autonomia Universitária e ameaça os/as docentes com o corte da ajuda de custo dos grevistas”, explicou.
Comando de greve e avanços
Túlio destaca que a luta pela greve permanece: “A Greve em defesa da UEMG continua e, na avaliação do Comando de Greve, a culpa é do Governo Zema. Não aceitaremos corte na nossa ajuda de custo e seguiremos na luta por nenhum direito a menos, na perspectiva de avançar rumo a novas conquistas”, disse.
Após a Assembleia Geral, os docentes realizaram uma manifestação na Praça da Liberdade, com a bateria da Faculdade de Educação formada por professoras e estudantes da unidade. O dia foi encerrado com a projeção na empena do prédio da Escola de Design, atividade coordenada pelo professor Mário Geraldo com participação dos alunos Theo Lisboa e Igor Alves.