Representantes do sindicato irão percorrer escolas que ainda não aderiram ao movimento para mobilizar categoria
Marcelo Lopes
A paralisação de professores de escolas da rede estadual prossegue e será mantida nesta segunda (25), segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Os educadores protestam contra o atraso e a falta de pagamento dos salários dos servidores da educação, por parte do Governo do Estado.
Em Divinópolis, até esta quinta-feira (21), 18 escolas seguiam em paralisação. Segundo a diretora da Subsede do Sind-UTE, Maria Catarina Laboré, assembléias estão sendo realizadas com frequência e muito participativa de parte dos educadores. A situação atual, de acordo com ela, é a dúvida de alguns em prosseguir a greve, em detrimento aos outros servidores que ainda não receberam o pagamento.
“Essa é a proposta e a dinâmica da greve, ninguém retornar às salas de aula enquanto todos não receberem a primeira parcela. Acontece que a mesma está caindo de forma pingada, o Governo está fazendo, na verdade, isso. Para se ter uma ideia, anteontem (20) eles prometeram pagar os R$ 1 mil para os aposentados, boa parte recebeu R$ 500. O drama hoje está em ser solidários a estes aposentados que não receberam os salários” disse Catarina ao PORTAL.
Ainda de acordo com Catarina, a questão do atraso de salários gerou uma mobilização nunca antes vista pela categoria e que algumas escolas já apontaram que irão realizar assembleias sobre o tema, para buscar maneiras de prosseguir com as reivindicações.
“A dificuldade em Divinópolis, como em todas as cidades é esta agora, é a categoria entender que precisamos de parceria. Embora o estado afirme que não tem dinheiro, nós também não podemos arredar o pé da nossa sobrevivência”, relatou.
Números da Paralisação
Na região, segundo Catarina, além de Divinópolis, outras cidades, como Cláudio, Carmo do Cajuru, Oliveira e Bom Despacho estão também com escolas praticamente paralisadas.
Nesta sexta (22), a escola Joaquim Nabuco está realizando uma assembléia para definir se irá ou não aderir à paralisação.
Continuidade
Catarina também contou que, além dos salários em atraso, o piso também fez parte da luta dos educadores, desde a paralisação realizada no começo de 2018.
“A demanda do piso é algo histórico, porque o Governo pagou o primeiro reajuste em 2016, no zero retroativo. Disse que iria pagar esse mês, mas ninguém recebeu. Ainda temos piso de 2017, no reajuste de 7.66% e o reajuste de 2018, de 6.7%”, finalizou.
Para iniciar o direcionamento dos trabalhos de comando de greve, com o objetivo de visitar as escolas, uma nova reunião será realizada nesta segunda (25), às 17h30, na Praça do Santuário.