Semed Divinópolis
A Semed não está passando para o conselho as decisões e medidas tomadas (Foto: Divulgação)

 

Sem repasse do Fundeb, há o risco da prefeitura não pagar salário da categoria

Marcelo Lopes

Após a paralisação dos profissionais de educação da rede estadual, as preocupações se voltaram para a rede municipal, em Divinópolis. Membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal de Divinópolis (Sintemmd/MG), se reuniram com vereadores na Câmara Municipal. A categoria quer que o Legislativo pressione o Executivo para obter a verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no qual há uma dívida por parte do Governo de Minas de R$ 1,36 bilhões, de acordo com a Prefeitura.

“Estivemos aqui em uma ação de urgência e emergência, diante de uma notícia que nos foi dada em uma reunião na Semed, pelas secretarias de fazenda e educação, de que o repasse do Fundeb através do Estado estaria atrasado desde abril. Ficamos preocupados. Se fica dois, três meses sem o repasse, qual foi a ação do Executivo para primar por esse fundo?”, disse a diretora do Sintemmd, Cida Oliveira.

Reunião com o Executivo

Os educadores solicitaram aos vereadores o agendamento de uma reunião na próxima semana entre as duas partes e a Prefeitura, com o foco na verba não repassada. Ela foi marcada para terça-feira (03).

Além deste encontro, uma assembleia será realizada na próxima quinta-feira (05), entre os profissionais da categoria, às 18h, no Sindicato dos Metalúrgicos.

“Nós estamos convocando a categoria, para definir os rumos da luta, porque a notícia de ficar sem salário, férias e décimo terceiro não é tranquila”, relatou a diretora.

Alerta

Janete Aparecida (PSD) participou da reunião junto com outros sete vereadores e disse que se surpreendeu com os assuntos colocados em pauta na ocasião. Em maio, a vereadora já havia alertado sobre a falta de repasses no plenário da Câmara.

“O sindicato já se posicionou, dizendo que sem salário, não irão trabalhar, o que é direito constitucional deles. Mas o que me preocupa muito é que na pontuação da reunião desta quinta, foi colocado que o Município já tinha conhecimento destes repasses há mais tempo. Então, como representante do povo, a própria CE não sabia disso e eu participo de todas as reuniões do conselho e lá, hora nenhuma, fomos noticiados disso. Isso, para mim, gera um problema sério, pois essa casa precisa trazer todos os problemas da cidade, principalmente se afetar os moradores e os professores, que não irão receber”, disse a vereadora.

De acordo com Janete, foi solicitado o pedido de realização da reunião ao líder do Legislativo na Câmara, Rodrigo Kaboja (PSD). A audiência será realizada pela manhã, na prefeitura.

“Infelizmente se não tomarmos uma atitude, corremos o risco, de agora, parar as escolas municipais e isso é inaceitável”, finalizou.