A iniciativa destaca a importância da água com a exibição de 18 obras de arte urbana em reservatórios da Copasa de seis cidades.
O projeto “Artes nas Águas de Minas” inicia nesta segunda-feira (28), em Divinópolis, na região Central do Estado, os trabalhos de arte urbana no reservatório da Copasa na cidade. O lançamento oficial das atividades será marcado por um evento, às 16h, realizado no próprio reservatório da Companhia. O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Copasa e APPA – Cultura & Patrimônio, e viabilizado pelo governo federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
A população vai poder acompanhar os trabalhos dos artistas selecionados no primeiro edital, Mika Ribeiro e William Pinguim, em ateliê aberto. Ambos dividirão espaço com a renomada dupla goiana Bicicleta Sem Freio, formada pelos artistas Douglas de Castro e Renato Reno. Desde 2005, os artistas já deixaram seus traços vibrantes pelos quatro cantos do mundo, com murais em países como Índia, Estados Unidos, Espanha, Israel, além de várias cidades brasileiras.
Programação do “Arte nas Águas de Minas”
Dentro da programação do “Arte nas Águas de Minas”, em Divinópolis, ainda será realizada uma oficina de artes para jovens no dia 4 de novembro, das 8h às 12h, com 30 alunos do 8º ano ao 3º ano do ensino médio, da Escola Estadual Lauro Epifânio. O encerramento da etapa e lançamento da Galeria Aberta “Arte nas Águas de Minas” será realizado em 6 de novembro, às 16h, no Reservatório da Copasa (Rua Doutor Francisco Salomé, 708, no bairro Interlagos).
Para a coordenadora de projetos da Appa, Ludmilla Ramalho, a arte urbana se destaca como uma das linguagens contemporâneas que mais cresce no mercado. “Além do impacto visual que grandes murais têm nas cidades, essa forma de expressão oferece um acesso ampliado, pois suas obras estão ao ar livre, disponíveis para toda a comunidade apreciar. O projeto Arte nas Águas de Minas será lançado em Divinópolis, trazendo mais de 250 metros quadrados de pinturas que refletem sobre a importância de cuidarmos da nossa água, um tema de vital relevância nos dias de hoje”, ressaltou.
Ao todo, o “Arte nas Águas de Minas” promove a produção de 18 obras de arte urbana em reservatórios da Copasa de seis cidades do interior do Estado: Divinópolis, Contagem, Araxá, Pouso Alegre, Montes Claros e Coronel Fabriciano. Baseados em sua maioria na estética do muralismo e do graffiti, os trabalhos terão a água como norte temático e serão assinados por seis artistas convidados de renome nacional e internacional, selecionados previamente pela curadoria do projeto e por 12 artistas locais, sendo dois por cidade, escolhidos por editais publicados ao longo do percurso, entre outubro deste ano e março de 2025.
Acessibilidade no “Arte nas Águas de Minas”
A arte e a educação são pilares fundamentais na formação de uma sociedade inclusiva, promovendo não apenas o desenvolvimento pessoal, mas também a compreensão mútua e o respeito às diversidades. No entanto, o acesso a esses campos ainda é restrito para muitas pessoas com deficiência, devido à falta de acessibilidade física, sensorial e comunicacional em espaços e eventos culturais e educacionais. Compreendendo a relevância de superar esses desafios, é importante que a execução de projetos seja pensada e elaborada considerando o envolvimento de profissionais capazes de articular, juntamente com o público de pessoas com deficiência, quais são as dinâmicas e recursos de acessibilidade que, de fato, funcionam nas ações desenvolvidas.
Diante de todos esses aspectos, o “Arte nas Águas de Minas”, por meio da contratação de consultoria em acessibilidade, oferece soluções práticas e dinâmicas, considerando as políticas de inclusão e acesso às suas atividades para todas as pessoas. Para isso, apresenta recursos de plano de comunicação acessível, considerando design de cores, fontes e layouts que favoreçam melhor leitura e compreensão das informações, rotas acessíveis, mapa tátil e sinalização em braille, audiodescrição a partir de QR Codes das intervenções artísticas, intérprete de libras para as atividades abertura, oficinas formativas, encerramento e visitas mediadas. O projeto conta com a consultora em acessibilidade, Marci Silva, coordenadora da Nuvem Produção Cultural.
Edital aberto de Contagem
No último dia 14 de outubro foi aberto edital para artistas residentes na cidade de Contagem, segunda cidade mineira a receber o projeto (veja aqui). As propostas podem ser enviadas até às 17h59 do dia 29 de outubro, por meio do formulário online disponível neste link, com apresentação de documentação e portfólio. Os artistas selecionados deverão criar uma pintura em uma área de até 40m², cada, com o tema “A Água”, na unidade da Copasa em Contagem que sediará o projeto; e ministrar, em dupla, um workshop de quatro horas voltado para jovens e adultos.
Cada artista receberá um cachê de R$ 5 mil, divididos em R$ 3 mil pela pintura do mural e R$ 2 mil pela oficina. Podem participar apenas artistas residentes em Contagem, sendo pessoas físicas maiores de 18 anos (brasileiras ou naturalizadas) ou pessoas jurídicas (incluindo MEIs). As propostas serão avaliadas segundo os critérios de singularidade plástica e gráfica, além da experiência artística dos inscritos. A avaliação acontecerá entre 30 de outubro e 2 de novembro, e os resultados serão divulgados no dia 4 de novembro. Já as atividades serão realizadas de 11 a 30 de novembro. Os prazos podem sofrer alteração.
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Os dois artistas selecionados de Contagem dividirão espaço com a artista convidada da curadoria, Juliana Gontijo, de Belo Horizonte. Formada em artes visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com especialização em pintura, atua no mercado da arte desde 2012 e já participou de diversas exposições coletivas, individuais e residências artísticas no país.