28% dos endividados afirmam não ter condições de pagar as contas em atraso, aponta levantamento do Nupec
Portal Centro-Oeste
Levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisas (Nupec) da Faculdade de Divinópolis (Faced) aponta quem 68,5% da população de Divinópolis está endividada. Do total de pessoas com dívidas, observou-se que um percentual expressivo dos entrevistados possuíam dívidas em atraso, 46%.
O percentual de consumidores que declararam não ter condições de pagar as contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também demonstrou um patamar extremamente elevado, segundo a pesquisa, de 28%. Outros 17% ainda não tinham certeza se teriam condições de sair da inadimplência.
Com relação ao grau de endividamento, o percentual de consumidores que declararam-se muito endividados ou parcialmente endividados chega a 68% e somente (32%) responderam pouco endividados ou não sabiam.
Observando-se os principais tipos de dívidas que estavam atrasadas, em primeiro lugar encontrava-se o cartão de crédito, seguido pelos empréstimos de crédito pessoal, financiamento de casas, despesas com moradia, carnês de compras à prestação em lojas de varejo, financiamento de automóveis, cheque especial e impostos.
“As compras por impulso podem gerar vários impactos negativos desnecessários à sociedade e ao próprio bolso do consumidor. O feito colateral importante da compra por impulso é o desperdício de dinheiro, que deveria ser gasto em coisas que sejam úteis ou em serviços de necessidade, tal prática gera maiores despesas e consequentemente
endividamento por parte dos consumidores”, consta no levantamento.
Outro dado de extrema importância refere-se ao número de pessoas cuja a renda mensal não é suficiente para arcar com as despesas básicas. Do total de entrevistados, 35,7% disseram que a sua renda não é suficiente ou é parcialmente suficiente para bancar as despesas mensais essenciais.
“Ter um controle financeiro pessoal é imprescindível para quem quer manter as contas em dia e ter uma relação saudável com o dinheiro. Por meio do controle financeiro pode-se ter um conhecimento real sobre sua situação financeira relativa à quantia a ser gasta e quanto pode-se economizar por mês”, alerta o levantamento.
Neste contexto, a pesquisa demonstrou que 45% das pessoas entrevistadas informaram que fazem parcialmente ou não fazem qualquer tipo de controle do orçamento mensal.