Antes do contrato, os carros ficavam na própria Câmara (Foto: Amanda Quintiliano)

Amanda Quintiliano

Comuns nos últimos anos, as medidas de contenções de gastos já começam a ser ditadas na Câmara de Divinópolis pela nova Mesa Diretora. Com a constante queda da arrecadação em relação ao orçado, o presidente, Adir Otaviano (PMDB) já está colocando o pé no freio para se precaver. Na lista de ações está a racionalização do uso de combustíveis.

O secretário Geral, Flávio Ramos se reuniu nesta quinta-feira (12) com os responsáveis pelo setor. Ao racionar o consumo de combustíveis, consequentemente, o uso dos carros oficiais, principalmente para viagens, também será controlado. De acordo com levantamento feito pelo PORTAL, a média de gastos com gasolina pode chegar a R$ 48 mil no ano.

No último mês disponível para consulta dos gastos dos 17 parlamentares com combustíveis, outubro de 2016, foram gastos R$4.846,53.

A economia não é esperada apenas no setor de transportes. Reuniões setorizadas serão realizadas nas próximas semanas.

“No setor de compras vamos estabelecer uma limitação de consumo diário, por exemplo, de café, açúcar, padaria. Diminuímos a quantidade de pães porque tivemos uma diminuição do número de servidores porque ainda não temos todos nomeados”, completa Ramos.

Se antes eram comprados 140 pães por dia, hoje o número caiu para 90. A quantidade pode aumentar na medida das nomeações, mas será controlado para que não haja desperdício do alimento e nem de dinheiro público.

“Teremos uma noção maior do que precisará ser feito a partir do dia 20 de janeiro quando a Câmara receber o primeiro repasse. O que temos feito é planejar, organizar com base no orçamento, entretanto nem sempre o orçado é o recebido. Aguardaremos para ver se está dentro do esperado ou se a realidade será mais dura”, enfatizou o secretário geral.

Decreto

As medidas seguem a linha de anos anteriores. Além das já mencionadas acima, foi publicado no Diário Oficial dos Municípios desta quinta-feira (12) o decreto restringindo o empréstimo do Plenário da Câmara. Ele será emprestado apenas para entidades sem fins lucrativos ou públicas, não excedendo a quatro empréstimos por mês.

A decisão, consta no decreto, considera “a necessidade de rigoroso controle de gastos”