“Estou disposto a cortar na própria carne”, dispara Kaboja em resposta a questionamentos de Mateus Costa
A votação da suplementação de R$95 mil para a Câmara de Divinópolis, votada nesta quarta (24), atiçou o velho discurso de “cortar na própria carne”. O vereador Mateus Costa (PPS) disse que apresentará em agosto um estudo de gastos do Legislativo.
Com orçamento de aproximadamente R$20 milhões/ano, Costa alega que é possível enxugar a máquina. Entre os cortes ventilados pelos corredores e apontados por ele está o de salários e comissionados.
“Em uma cidade que não tem dinheiro para nada, nem os serviços básicos estão funcionando, estamos em uma bolha de uma cidade devastada”.
Entre os gastos desnecessários, Costa citou as duas “sedes” da câmara. Os serviços principais funcionam na Rua São Paulo, mas há alguns setores, como o de comunicação em um dos andares do edifício Costa Rangel, na Avenida Antônio Olímpio.
“A população precisa saber que temos duas câmaras municipais […] Isso já é uma discrepância”, disparou.
Resposta
A fala de Mateus Costa provocou reação instantânea do presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja (PSD).
“Tenho até o dia 03 de outubro para fazer o projeto do salário e dos cortes. Então todos os vereadores que quererem ter uma participação transparente podem fazer as suas sugestões que esta presidência sempre acatou (…) Eu estou disposto a acatar todas as sugestões dos vereadores, inclusive cortando na própria carne”, enfatizou.
Discussões
Essa não é a primeira vez que surgem discussões sobre redução salarial. Desde o início do mandato os vereadores Sargento Elton (Patriota), Eduardo Print Jr. (SD) e o agora deputado estadual, Cleitinho Azevedo (PPS) defendem o corte.
Em março do ano passado, o então presidente, Adair Otaviano (MDB) prometeu apresentar projetos com o teor, mas não foi para frente. A competência neste caso é da Mesa Diretora.
Número de vereadores
O que não pode ocorrer é cortar de um lado para favorecer o outro. Borbulha a possibilidade de ampliar o número de vereadores, como já mostrado pelo PORTAL. Pela lei, Divinópolis pode ter até 21. Para viabilizar, uma opção seria reduzir o número de assessores evitando impacto financeiro.