A reforma administrativa na Prefeitura de Divinópolis continua causando estragos. A Câmara está dividida, porém ficou claro na última sessão que os vereadores Edson Sousa (Cidadania), Ana do Quintino (PSC), Eduardo Azevedo (PSC), Wesley Jarbas (Republicanos) e Diego Espino (PSL) tendem a ser favoráveis à aprovação da proposta, sem alterações.

Foram eles que votaram contra o pedido de sobrestamento de 30 dias feito pelo vereador Hilton de Aguiar (MDB). Os demais vereadores ainda não se manifestaram sobre o voto, mas a bancada do MDB (Hilton de Aguiar e Ademir Silva) já demonstrou que pode votar contra a proposta, caso as emendas dos dois vereadores ao projeto não sejam aprovadas.

A vereadora Lohanna França (Cidadania) também já declarou nas redes sociais que é contra o projeto como está. Ela criticou principalmente as gratificações e questionou a economia alegada pelo governo.

A divisão na Câmara exigiu que o presidente do Legislativo, Eduardo Print Júnior (PSDB), viesse a público para esclarecer a situação do projeto. Em nota oficial, Print Júnior lembrou que o Projeto está sobrestado e criticou comentários divulgados especialmente em redes sociais sobre o posicionamento dos vereadores.

“Não é correto divulgar que determinados vereadores foram favoráveis e outros contrários ao Projeto, porque o mesmo ainda não foi votado. Deverá constar na pauta de uma reunião futura, quando terá sua tramitação encerrada após sua votação”, diz a nota.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) já se posicionou contra a reforma. Disse que a reforma “cria cortina de fumaça” e dá “superpoderes” para a vice-prefeita Janete Aparecida (PSC).

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Dentre as alegações está o corte de cargos e a criação de outros. A matéria corta 82 cargos de coordenadores, que pertencem ao GH4, cujo salário é de R$ 1.734,17 mais gratificação de 100%, e aumento de 35 para 44 os cargos de escalão, que pertencem ao GH7, cujos salários são de R$ 8.433,11, mais gratificação de 50,5% e, em alguns casos, mais a gratificação por produtividade de 90%.

“É caso do procurador Leandro Luiz Lemos, que em novembro de 2021 recebeu salário de R$ 8.433,11, mais gratificação de 50,5% no valor de R$ 4.258,72, mais gratificação por produtividade de 90% no valor de R$ R$ 7.589,80, totalizando R$ 20.281,73. Todos esses valores são públicos e estão disponíveis no Portal Transparência”, exemplificou o Sintram.