“Respeito o Sargento Elton, mas não tenho medo dele”, dispara Kaboja

Sargento disse que irá comunicar o STF sobre possível descumprimento de liminar por parte da câmara

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal, realizada nesta terça-feira (04), o vereador Sargento Elton (Patriota), afirmou que o prazo de cinco dias, para a formação de uma comissão processante, com o objetivo de dar o prosseguimento às investigações das Denúncias de Infração Político Administrativa, contra o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), se expirou ontem.

O parlamentar solicitou a continuidade das apurações após o deferimento de uma liminar expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais. Em pronunciamento, Elton disse que vai tomar providências para a formação da comissão, que não aconteceu por parte da Mesa Diretora.

“Pelo jeito, isso não será concedido hoje. Tendo em vista este fato, amanhã entraremos com uma comunicação ao STF à respeito deste descumprimento desta casa através do seu presidente e da procuradoria, que irão arcar com as consequências desta desobediência ao ministro do STF”, justificou Elton ao PORTAL CENTRO-OESTE.

Presidência

O presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja (PSD) manteve a posição de que o rito aplicado durante a votação, de dois terços, foi feito de forma correta. Ao PORTAL, o vereador disse que a liminar emitida foi apenas para não arquivar o processo.

“O vereador entrou no STF e o ministro deu a liminar para não arquivar o processo. O que eu fiz? Desarquivei. Mas, sobre o mérito dos questionamentos dele, ele não olhou, apenas mandou não arquivar. Eu acho que ele, como vereador, está buscando a cassação do prefeito, desde quando entrou, que é um direito que a gente respeita, mas que deva procurar o juiz, o Ministério Público”, afirmou.

Kaboja também declarou que se a Justiça determinar o prosseguimento, a ordem será cumprida. 

“Respeito o Sargento Elton, mas não tenho medo dele. O rito quem determinou fui eu e o corpo jurídico e assim vai ser, a não ser que chegue uma ordem judicial (…) Se ele conseguir, até pra me prender, eu estou aqui, tenho moradia fixa, se eu estiver errado, mas acho que ele está totalmente equivocado”, finalizou.