Criticando o governo, disparou: “Usando dinheiro de empresário para embelezar a cidade”; Parlamentar se rebelou contra o prefeito por não ter tido projeto sancionado
O vereador de Divinópolis, Josafá Anderson (CDN) mudou o tom, nesta terça-feira (15/3), contra o prefeito Gleidson Azevedo (PSC). Após quase um ano de “namoro”, o parlamentar se rebelou contra as declarações do prefeito que não sancionou o projeto dele que visa minimizar o impacto do georreferenciamento nas guias do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).
A matéria, que voltou para a câmara e foi promulgada pelo vice-presidente, Roger Viegas (Republicanos), diz que as “varandas construídas para proteção contra a chuva não serão consideradas áreas construídas se não tiverem outra finalidade”.
“Ao invés de assumir o desgoverno que está aqui, falta remédio, falta tudo. Essa pouca vergonha que está, usando dinheiro de empresário para manter a cidade, embelezar a cidade, ainda fica contando historinha, ludibriando a cidade”, abriu o pronunciamento.
Ele continuou, sem poupar críticas, acusando o prefeito de “retaliar” vereadores que não integram o grupo político dele.
“Ele fala que tem prefeito, porque tem certeza que a câmara está sendo omissa em algumas situações. Estamos sendo coagidos. Vereador está sendo coagido nesta casa. Vereador que não faz parte do grupo político, é retaliado. O que faz parte do pacotão para se reeleger é favorecido. O que não faz parte é retaliado”, declarou.
Josafá foi além: “Não tenho rabo preso, não tenho soltou. Quem tem rabo é o diabo e o diabo é o pai da mentira. Quando a mentira chega tem que colocar o rabo no meio das pernas e sair”, disparou.
Desmentindo o prefeito, voltou a dizer que o georreferenciamento não dependente da câmara. Que os vereadores aprovaram, na legislatura passada, apenas a autorização para o município firmar empréstimo.
“O georreferenciamento não passa pela câmara e nem em outra qualquer. É uma empresa que é contratada. Votei favorável a três empréstimos. Um de R$ 5 milhões para fazer os projetos que estão sendo inaugurados agora, que manteve a prefeitura por incompetência da atual administração. São esses projetos, que esse vereador votou favorável, que estão mantendo o palanque para fazer a politicagem. Foi votado outro projeto de R$ 15 milhões, da Ibirité, Esplanada. Tem que deixar claro que essa empresa que foi contratada pelo empréstimo, ficou até 1º de novembro de 2020 e o senhor prefeito, na sua competência, renovou o contrato, porque ele quis”, afirmou.
Rebatendo a declaração de Gleidson que o projeto dele foi “a toque de caixa”, disse que chegou a protocolar anteprojeto, entregue nas mãos da vice-prefeita Janete Aparecida (PSC), porém não obteve resposta.
“O projeto 21, está dentro da legalidade, perfeito juridicamente, cirúrgico. Está com invejinha porque ele foi cirúrgico. Ele contempla o desacordo que está nesta cidade. Ele estabelece normas e tem validade. Sinto muito, mas ele foi promulgado pelo Roger Viegas”, enfatizou.
Josafá voltou a dizer que “o contribuinte não pode pagar tudo que está coberto”.
“Cobertura, varanda, casinha de cachorro. O senhor faz o favor de tratar essa casa com mais respeito, porque essa casa está acordando. Não é com videozinho que vai conseguir manter o bom relacionamento com essa Casa”, ameaçou.