Estrutura afeta o trânsito, gera poluição sonora e coloca pedestres em risco, segundo moradores e autoridades locais
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute, nesta quinta-feira (26/6), a retirada do pátio de manobras da VLI Logística do perímetro urbano de Arcos, no Centro-Oeste mineiro. A empresa é responsável pela operação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) no Estado. A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas promove a audiência, que começa às 10h30 no Auditório do andar SE da ALMG.
O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) solicitou a reunião e cobra a transferência da estrutura para a região da Boca da Mata, também em Arcos, mas fora da área urbana. Ele argumenta que o atual pátio ferroviário compromete a mobilidade urbana, agrava os congestionamentos e representa riscos à segurança da população.
Além disso, o parlamentar defende que recursos da Lei das Ferrovias (Lei Federal 14.273/2021), estimados em R$ 5 bilhões, podem viabilizar o projeto. A renovação da concessão da FCA à VLI, atualmente em negociação com o governo federal, também pode gerar os recursos necessários.
- Divino Tablado 2025 tem entrada gratuita com troca solidária
- Minas participa de levantamento nacional de riscos para o agro
- Mega-Sena sorteia R$ 32 milhões nesta quinta-feira
- Golpe do Enem: quadrilha aplica fraude milionária com site falso
- Adesão de escola de Divinópolis ao programa cívico-militar é aprovada
Transtornos diários com pátio de manobra da VLI em Arcos
Conforme o gabinete do deputado, o pátio de manobras da VLI fica próximo às principais vias de Arcos, como a Avenida Magalhães Pinto e a região do Pulo do Gato, essenciais para o tráfego entre bairros e o centro da cidade. Frequentemente, as manobras interrompem esses acessos, especialmente em horários de pico, piorando o trânsito e dificultando a rotina de moradores.
Bairros como Oto Maia e Cidade Nova, por exemplo, sofrem impactos diretos com bloqueios e lentidão no tráfego. Alencar alerta ainda para os riscos de acidentes provocados por falhas de sinalização e ausência de barreiras ao longo da linha férrea, que corta 14 bairros do município. “Não podemos aceitar que a cidade continue sendo penalizada por uma estrutura que deveria impulsionar o desenvolvimento e, não, causar transtornos”, declarou.
Além dos prejuízos no trânsito, a poluição sonora gerada pelas manobras tem comprometido o bem-estar da população. Por isso, lideranças locais defendem que a retirada do pátio permitirá a criação de uma avenida coletora e o avanço de um planejamento urbano mais eficiente.
Participação popular e fiscalização
A audiência faz parte da programação do Tema em Foco, dentro do programa Assembleia Fiscaliza, que busca acompanhar de perto a execução de políticas públicas. Moradores, lideranças comunitárias e autoridades de Arcos devem participar da reunião. O superintendente de Transporte Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Alessandro Baumgartner, também confirmou presença.
