Entidades alertam para risco e cobram do governo federal reajuste urgente no custeio do serviço
O Colegiado de Secretarias Executivas dos Consórcios Intermunicipais de Minas Gerais (COSECS-MG/APP) emitiu um alerta público nesta quinta-feira (4/7) sobre o risco de colapso no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no estado. Embora reconheçam avanços recentes, os consórcios afirmam que o custeio atual não cobre os custos reais de operação e pedem, com urgência, uma resposta do Ministério da Saúde.
Nos últimos meses, o serviço enfrentou alta nos preços de combustíveis, materiais médicos, peças de reposição, tecnologia e capacitação. Por isso, os consórcios se dizem pressionados financeiramente. Além disso, o aumento dos encargos trabalhistas e dos reajustes contratuais tornou insustentável manter o SAMU funcionando com os atuais repasses federais, estaduais e municipais.
Colapso do Samu: Situação pode afetar salários e gerar paralisações
Conforme o COSECS, a falta de equilíbrio entre os recursos recebidos e os gastos já compromete a capacidade de atender às demandas dos profissionais da saúde. Isso, especialmente os condutores de ambulância, que representam a maioria da força de trabalho do SAMU. Esses trabalhadores reivindicam melhores condições salariais, porém, vários consórcios afirmam que não conseguem viabilizar os reajustes.
O colegiado também cobra a criação de uma 13ª parcela de custeio anual, voltada ao pagamento de pessoal — principal despesa do serviço. Para os consórcios, essa medida aliviaria parte da pressão orçamentária e garantiria mais estabilidade ao atendimento de urgência e emergência no estado.
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COSECS pede reajuste imediato e diálogo com o governo
Apesar do cenário preocupante, os gestores ainda acreditam em uma saída negociada. O COSECS-MG reforçou sua disposição para o diálogo e disse confiar no compromisso do Ministério da Saúde, que pediu prazo para apresentar uma proposta concreta de recomposição dos valores.
Além do reajuste emergencial, os consórcios também defendem que o governo federal estabeleça regras para reavaliar periodicamente os valores de custeio, o que evitaria novos atrasos e desequilíbrios no futuro.
Por fim, o COSECS afirma que continuará fornecendo dados técnicos e sugestões para garantir a continuidade e expansão do SAMU 192 em Minas Gerais. O grupo defende a manutenção do serviço como uma política pública essencial e alinhada aos princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade.