Amanda Quintiliano
Vereadores de Divinópolis, antecipando-se a um possível projeto revogando a “lei do gatilho”, já tem procurado o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) para entender um pouco mais sobre o impacto na vida dos servidores. Ao longo desta semana, a ameaça de acabar com o benefício, assegurado no ano passado, ganhou força.
Por enquanto não passa de boatos, mas considerando a máxima “onde a fumaça há fogo”, alguns parlamentares já estão se movimentando. Enquanto a situação procura meios de viabilizar a aprovação sem se desgastar, a oposição já se alinha à categoria. Até o momento, nenhum projeto com este teor foi protocolado na Câmara.
De acordo com vereadores ouvidos pela reportagem, há chances da matéria ser protocolada ainda este mês para tentar suspender o benefício antes de março, data base.
“Se por ventura este projeto vier a ser protocolado precisamos trabalhar em três vertentes, com o prefeito, sindicato e servidores. Precisamos estudar e já vamos nos preparar para pedir vista, sobrestamento caso ele seja protocolado”, comentou Sargento Elton.
O vereador Marcos Vinícius também confirmou os boatos que circulam nos corredores. Segundo ele, os buchichos ainda são heranças do governo passado quando já se falava nesta revogação.
“Não há nada de oficial. Falava-se isso no governo passado, mas até o momento, neste atual governo, não me passaram nada oficialmente. Esses rumores não são apenas do gatilho, mas também da revisão do PCCS [Plano de Cargo, Carreira e Salário]. Mas, como eu disse, isso já vem sendo falado desde o governo passado”, afirmou.
Essa revisão implicaria, por exemplo, na perda de parte da cesta de benefícios dos servidores, como anuênio, quinquênio e outros.
“No governo passado falava-se isso, mas o Vladimir não conseguiu levar até o final. Veio então a sumula vinculante do STF que o levou a revogar o gatilho e ele levou a duras pernas o resto do mandato, mas não deu sequência a essa revisão”, lembrou Marcos Vinícius.
A reportagem tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, mas por ser sábado (14), ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.