Com redução dos atendimentos a superlotação da UPA pode piorar (Foto: Amanda Quintiliano)

Amanda Quintiliano

Com a implantação da Sala Vermelha no Hospital São João de Deus e o suporte de outras 17 unidades hospitalares do Centro-Oeste na rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), espera-se que a UPA seja desafogada. Pelo menos, essa é a expectativa do secretário municipal de Saúde, Rogério Barbiere.

A estrutura do Samu é formada por um único hospital polivalente, no caso o São João de Deus, um hospital nível I para AVC, em Oliveira, outros cinco nível II, incluindo também o da cidade mencionada por último, cinco nível III e outros sete nível IV. A unidade de Divinópolis é a única capacitada para receber pacientes classificados como laranja e vermelho pelo protocolo de Manchester.

As unidades ficam em Divinópolis, Oliveira, Formiga, Campo Belo, Itaúna, Pará de Minas, Lagoa da Prata, Santo Antônio do Amparo, Bom Despacho, Luz, Santo Antônio do Monte, Dores do Indaiá, Itaguara, Iguatama, Itapecerica, Bambuí, Pitangui e Passa Tempo.

“O Samu vai conseguir contribuir para não termos tanta gente esperando na UPA uma vaga de internação. Com a regulação do Samu, que a gente espera e acredita que vai acontecer, esses hospitais da região que hoje ficam praticamente com as vagas ociosas entram para a rede, recebem esses paciente e, com isso, a gente desafoga não só a UPA, mas também o São João de Deus”, explica o secretário.

Um dos problemas que acentua o déficit de leitos no Centro-Oeste é o subaproveitamento dos hospitais.

“Com o Samu vamos reduzir essa superlotação e melhorar a ocupação dos outros hospitais da rede”, enfatiza Barbiere.

Hoje, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, a UPA recebe cerca de 390 pacientes por dia de São Sebastião do Oeste, Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará, além de Divinópolis. Deste total, 7,5% precisam de internação em hospitais.

Rede

Os pacientes serão direcionados para cada hospital de acordo com o grau de urgência. O Samu será acionado pelo 192, um atendente irá repassar a ligação para o médico regulador que definirá qual a ambulância – básica ou avançada – fará o socorro.

“Depois [do atendimento das equipes no local] é feito o retorno e esse médico regulador vai buscar a vaga dentro do sistema de saúde, ou seja, uma unidade hospitalar para que o atendimento seja feito de forma adequada”, explica o secretário executivo, o CisUrg, José Márcio Zanardi.