Administração pediu para população não fazer pré-julgamento colocando em risco a escala de médicos

A Administração da Santa Casa de Formiga emitiu, nesta quinta (14), nota de esclarecimento quanto aos dois casos de mortes de recém-nascidos registrados na unidade em um mês. Ambos são investigados pela Polícia Civil. O médico responsável pelos partos pediu afastamento.

De acordo com a nota, todos os procedimentos foram realizados corretamente a fim de garantir uma boa assistência para as gestantes e os bebês. Ainda segundo a Santa Casa, todas as medidas tomadas são registradas em prontuários para fornecimento de dados para a Comissão de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal. Eles são monitorados, mensalmente, pela Secretaria de Estado de Saúde.

Em 2018, foram realizados 693 partos na Santa Casa com ocorrência de três óbitos neonatais, ou seja, mortalidade de 0,43%.

Colaboração

O hospital ainda informou que os profissionais da unidade têm colaborado com as investigações. Ressaltou que eles foram a favor da aprovação do projeto de lei nº 168/18, que dispõe sobre a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica em Formiga.

A administração da Santa Casa ainda pediu para que a população não faça pré-julgamento colocando em risco a escala de médicos do hospital.

“Consideramos que alguns movimentos que estão sendo organizados para manifestar sobre a não violência obstétrica são, de alguma forma, legítimos, mas que acabam causando um certo incômodo diante do pré-julgamento e da politização dos fatos. Isso acaba repercutindo em toda a classe médica da entidade, o que pode ocasionar problemas futuros com escala médica, e isso afetará diretamente os serviços prestados à população. Consideramos que a opinião pública deve ser imparcial e aguardar o resultado das investigações que sairá em breve”, comentou a Administração da entidade.