“Apesar da recomendação, ainda não sabemos se realmente teremos acesso a esse medicamento”, afirma assistente farmacêutica

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (20), a orientação de utilizar a hidroxicloroquina no tratamento precoce dos casos leves da COVID-19. A medicação é derivada da Cloroquina, droga utilizada para combater a malária que não teve eficácia comprovada contra a doença. A prescrição do medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Divinópolis, ainda é tratada apenas como “possibilidade”.

“ Apesar da recomendação, ainda não sabemos se realmente teremos acesso a esse medicamento, visto que, o Ministério orientou, porém não nos forneceu o suporte necessário”, afirmou a gerente de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde, Ariane Garrocho.

Apesar da recomendação, ainda não foi publicada portaria sobre a forma de acesso, se haverá disponibilização pela farmácia básica ou especializada e os documentos que serão exigidos. O serviço de farmácia ainda não recebeu norma, legislação nem orientação sobre a disponibilização do medicamento no SUS.

Comitê

O assunto que ficou de fora da reunião do Comitê de Combate à Covid-19 desta terça-feira (19), a partir da publicação dos documentos necessários, poderá entrar na pauta da próxima semana.

De acordo com o protocolo divulgado pela pasta hoje (20), cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.

O governo alerta que, apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de terem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há resultados de “ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da covid-19”.

Entre os sintomas leves listados pelo governo, estão coriza, diarreia, dor abdominal, febre, tosse, entre outros.