A paciente esteve na região do bairro Buritis em Belo Horizonte em dezembro do ano passado
A Secretaria Municipal de Saúde de Pompéu confirmou, nesta terça-feira (14), a morte de uma moradora com os sintomas da síndrome nefroneural causada pela contaminação por dietilenoglicol. A substância foi encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina.
Em nota, a secretaria informou que a paciente esteve em Belo Horizonte a passeio entre os dias 15 e 21 de dezembro. A família dela mora na região do bairro Buritis. A moradora morreu no dia 28 de dezembro. Ela apresentou sintomatologia característica da doença.
Ainda segundo o órgão, a família da paciente confirmou que ela ingeriu a cerveja Belorizontina.
“No momento, toda a Secretaria Municipal de Saúde, Pronto Atendimento e familiares estão no aguardo de retorno do caso. Vale ressaltar que compete às autoridades de saúde hierarquicamente superiores o desenrolar dos fatos, além disso, das autoridades legais e de competência para as apurações”, afirmou a secretária de Saúde de Pompéu, Fernanda Guimarães Cordeiro por meio da nota.
Até esta segunda-feira (13), de acordo com o último balanço da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), foram notificados 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por detilenoglicol, desses 16 são do sexo masculino e um feminino. Quatro casos foram confirmados (um caso evoluiu para óbito) e os 13 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas com relato de exposição.
Com base nos resultados da análise pericial realizada pela polícia civil, a vigilância sanitária estadual determinou a interdição cautelar dos lotes L1 1348 e L2 1348 da cerveja. A interdição nacional dos mesmos lotes foi determinada pela Anvisa.
A Ses informou que devem ser imediatamente notificados (em até 24 horas) ao CIEVS BH (casos de Belo Horizonte) e CIEVS Minas (casos do restante do estado), pelo telefone e por e-mail, os casos ocorridos a partir de primeiro de dezembro de 2019 que iniciaram com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vômito e/ ou dor abdominal) associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (até 72 horas) seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório e paralisia descendente.