Secretaria realiza reunião com aluna e responsáveis e reforça ações de prevenção ao bullying e promoção da diversidade nas escolas estaduais.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) se manifestou após um episódio de injuria racial ocorrido na Escola Estadual Armando Nogueira Soares, em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas.
A pasta informou que, ao tomar conhecimento do fato, a direção da unidade agiu prontamente e adotou as medidas cabíveis.
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Além disso, uma reunião foi realizada com a estudante envolvida e seus responsáveis legais, em busca de esclarecimentos e acolhimento.
A Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Divinópolis também entrou em ação. Acionou o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE) para acompanhar a aluna e garantir o suporte emocional e pedagógico necessário.
Além disso, segundo a SEE/MG, ações de prevenção e conscientização já fazem parte da rotina das escolas estaduais, com foco na promoção da paz.
Portanto, tais iniciativas integram o Projeto Socioemocional e Convivência Democrática, que estabelece a política estadual voltada à construção de ambientes escolares mais seguros e respeitosos.
Entre as atividades desenvolvidas estão rodas de conversa sobre equidade, palestras contra o bullying e outras práticas educativas que estimulam o respeito mútuo, combatem o racismo e promovem a diversidade.
Além disso, a SEE/MG enfatizou que repudia qualquer ato discriminatório e reforçou seu compromisso em manter o ambiente escolar como espaço de acolhimento, igualdade e valorização das diferenças.
“A educação deve ser um espaço de respeito, diversidade e igualdade”, concluiu a nota da secretaria.
Relembre o Caso
O caso aconteceu na manhã de quarta-feira (30/04), por volta das 10h30, durante os preparativos para uma apresentação teatral de escola.
Durante os ensaios, a direção da escola escolheu a estudante de 17 anos para interpretar a personagem Chiquinha, do seriado “Chaves”.
No entanto, o professor de artes, de 63 anos, afirmou que a jovem não deveria assumir o papel por ter cabelo enrolado. Segundo ele, outra aluna com cabelo liso representaria melhor a personagem.
Embora o professor tenha voltado atrás e autorizado a participação da aluna, o incômodo persistiu. Após a apresentação, a jovem procurou uma professora e relatou o ocorrido. Logo em seguida, a direção da escola acionou os pais da estudante e informou a Polícia Militar.
A equipe compareceu à escola e ouviu os relatos. Em seguida, os policiais conduziram o professor à delegacia por injúria racial. A PM registrou um boletim de ocorrência e deixou o caso sob responsabilidade da Polícia Civil que investiga o caso.
