“A harmonia estre os poderes é essencial, claro. Assim como a independência. A oposição sadia também é necessária”.
O discurso de “nova e velha política” sempre soou mais como estratégia de marketing. No mandato anterior a esse, Divinópolis teve uma renovação próxima de 70% de vereadores. E, sejamos sinceros, foi a pior legislatura da história do Legislativo. Novos nomes, velhos hábitos.
Com renovação de 53%, os atuais vereadores estão cheios de pique. Comum para todo início de mandato. Chovem requerimentos, indicações. Na nova era, não faltam vídeos e posts nas redes sociais. Mas, o que tem chamado a atenção é o tom sereno com o Executivo.
A harmonia estre os poderes é essencial, claro. Assim como a independência. A oposição sadia também é necessária. Ela é o olhar atento do povo, o fiscal ou, pelo menos, deveria ser. Não trata-se de defender o denuncismo desvairado, muitos menos os ataques de graça. Longe disso. Isso só empobrece ainda mais o debate e a política.
Mas, a verdade é que ninguém quer engrossar o tom contra o prefeito Gleidson Azevedo (PSC). Preferem surfar na popularidade do irmão gêmeo do deputado “fenômeno” das redes sociais, Cleitinho Azevedo (PSC). São vídeos dia e noite. Nada contra. Cada um gerencia o mandato como acha mais prudente. Mas, como nada vem graça, tudo tem um preço. Qual o custo deste terá este “namoro”?
Ainda estão em lua de mel. Não houve polêmicas e nenhum projeto de grande impacto. Nada que gere desconforto. Entretanto, nenhuma gestão passa ilesa às propostas “antipopulares”. Veremos, quando este momento chegar, como irão se comportar, os velhos de casas e os novatos.
Até lá, a vigilância atenta deve começar pelo gerenciamento da pandemia. Será mesmo que Divinópolis ficará fora do consórcio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para uma possível compra das vacinas? Até ontem (03/03) o assunto era desconhecido nos corredores da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).