Na reunião o impasse persistiu, pois não houve propostas para resolver as demandas dos professores.
Sem propostas e acordo, a greve da Uemg continua. Na tarde dessa terça-feira (21/5), ocorreu uma nova reunião entre a ADUEMG/Comando Geral de Greve (CGG) e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG). Solicitada pela seção sindical, a reunião visava abrir um novo canal de diálogo para negociações.
Representando a ADUEMG, participaram o Presidente Túlio Lopes, o Secretário-Geral Cássio Diniz, a Diretora da Regional Leste do ANDES-SN, Wilma Guedes Lucena, e a advogada doutora Eloisa Aquino. Pela SEPLAG, estavam presentes a secretária Luísa Cardoso Barreto, a subsecretária de Gestão Kennya Kreppel e a assessora de relações sindicais Helga Beatriz Gonçalves. Também participaram a Reitora Lavínia Rosa Rodrigues e o Vice-reitor Thiago Torres Pereira.
Reunião remota
A reunião, realizada de forma remota, iniciou com Túlio Lopes reapresentando as pautas de reivindicações da categoria. Além disso, cobrando respostas concretas para os problemas abordados na reunião anterior.
No entanto, a secretária Luísa Barreto reiterou os impeditivos legais para atender as demandas. Dentre as exigências estão: Acordo de Greve, recomposição salarial, Dedicação Exclusiva e outros pontos.
Luísa Barreto também afirmou que não há propostas do governo mesmo para questões que não dependem dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Por exemplo, reajuste da Ajuda de Custo e a suplementação orçamentária da UEMG.
Sem propostas e soluções
A ADUEMG/CGG expressou repúdio à falta de propostas do governo e criticou a postura do Poder Executivo. Conforme ADUEMG, o governo não busca soluções para os problemas enfrentados pela categoria docente e pela comunidade acadêmica.
Uma Assembleia Geral da categoria está marcada para esta sexta-feira (24/5), em Passos. Lá, ocorrerão caravanas organizadas pela ADUEMG, CGG e Comandos Locais de Greve, com apoio do ANDES-SN.
Declarações dos professores sobre a Greve
De acordo com o professor do curso de História da UEMG em Divinópolis, Douglas Souza Angeli, “concursos públicos são essenciais para garantir a estabilidade necessária para a gestão da instituição”. Para ele, também são essenciais para projetos de pesquisa e extensão, além do ensino.
Ele ressaltou em seguida: “É essencial ampliar o orçamento da Uemg para retomar programas de pesquisa e políticas de auxílio para permanência estudantil”.
Criticando o reajuste salarial de 3,6% proposto pelo governo, ele acrescentou: “Esse valor não cobre a defasagem salarial.”
Outras demandas
Douglas também mencionou: “É fundamental manter integralmente os vencimentos em casos de licença saúde e maternidade, além de cumprir o acordo de greve de 2018, que prevê a incorporação das gratificações ao salário e o pagamento de dedicação exclusiva aos docentes.”
Michelle Morelo Pereira, professora do curso de Psicologia da UEMG e integrante do comando local de greve, enfatizou: “Um plano de carreira docente atrativo é necessário para evitar a migração de docentes para universidades federais”. Ela destacou ainda: “A greve busca consolidar a UEMG como uma instituição pública e gratuita de excelência, fundamental para o desenvolvimento regional e a redução das desigualdades em Minas Gerais.”
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Próxima Assembleia Geral
A próxima Assembleia Geral dos docentes, prevista nesta sexta-feira (24/05), discutirá a continuidade da greve, que conta com a adesão massiva dos docentes e o apoio dos discentes.