Amanda Quintiliano

 

Os servidores se reuniram para pedirem a suspensão da portaria (Foto: Divulgação/Sintram)

Os servidores se reuniram para pedirem a suspensão da portaria (Foto: Divulgação/Sintram)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) negou 63 pedidos de férias de servidores, conforme relatório da comissão nomeada para analisar caso a caso dos requerimentos. O número ainda não foi repassado, oficialmente, para o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) que aguarda desde segunda-feira (02) uma posição do secretário da pasta, Dárcio Abud.

 

Ao todo, foram 263 pedidos analisados. Desses, 148 foram autorizados por se enquadrem nos critérios da portaria e outros 38 precisaram apresentar justificativa e foram deferidos. 14 ainda estão aguardando documentos para serem analisados e o restante das férias foi liberado. Os requerimentos foram analisados por uma comissão da Semusa.

 

Apesar de considerar um avanço a autorização de 75% das férias, o Sintram encaminhará, ainda hoje (06), um ofício para a Semusa contestando os indeferimentos e pedindo justificativa.

 

“Não é tudo que a gente pretendia, porque a gente pretendia que fosse cumprida a programação. Todos os que fizeram as programações tem consciência do que estavam fazendo e nenhum deles quer a desassistência, por isso consideramos um desrespeito aos que mantiveram”, comentou a diretora do Sintram, Ivanete Ferreira, acrescentando: “Mas, é uma vitória vermos que 75% dos pedidos foram liberados depois dessa movimentação”.

 

Movimento

 

Desde a semana passada servidores tem se mobilizado com o Sintram para pedir a suspensão da portaria 083/2013. O documento restringe até o dia 21 de fevereiro do próximo ano a liberação de férias prêmio e regulamentares – para quem tem uma vencida, licença sem vencimento e afastamento para participação de congressos, seminários e capacitações para todos os servidores da Semusa.

 

Por duas vezes eles estiveram na sala do secretário para conversar. Na última segunda-feira (02), eles foram recebidos e Dárcio ficou de dar uma posição até o final desta semana.

 

De acordo com a portaria, foi levado em consideração, o decreto declarando situação de emergência a saúde pública do município; a ausência de médicos; o risco de epidemia de dengue apontado pelo último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) (1,1 – situação de alerta); e o período chuvoso.

 

A reportagem do PORTAL tentou contato com o secretário, mas ele estava participando de um seminário e não poderia nos atender para comentar o relatório.