Duas mortes em decorrência da doença estão em investigação, além de outras duas por chikungunya

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) negou, nesta quarta-feira (3/4), omissão de mortes em decorrência de dengue. O órgão informou que há dois casos em investigação, além de outros dois por chikungunya.

Em nota, a Semusa explicou que as investigações seguem diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde.

Como é feita a investigação de mortes por dengue e chikungunya:

  • Este fluxo determina que, ao chegar a informação de que houve óbito suspeito, a Vigilância Epidemiológica pega a declaração de óbito, a ficha de notificação, solicita a investigação hospitalar e faz a investigação domiciliar.
  • Para a investigação domiciliar existe uma espera de sete dias para que ela seja realizada, em respeito ao luto da família.
  • Toda investigação é realizada através de instrumentos preconizados. Toda a documentação da investigação, incluindo exames, são encaminhadas para a Superintendência Regional de Saúde.
  • A partir daí é necessário aguardar resposta do Comitê de Investigação de Óbito do Estado, via ofício.
  • Somente o Estado pode afirmar se foi óbito por dengue ou chikungunya, ou descartar a suspeita.

A Semusa ainda afirmou, em nota, que os agentes de combate a endemias têm se desdobrado para conter a proliferação da doença.

O que a Semusa tem feito para combater o Aeds aegypti?

  • Estão sendo intensificadas as visitas domiciliares em bairros com maiores notificações e sendo utilizados a bomba costal e o carro fumacê.
  • Além destas ações tem realizado rotineiramente mutirões de limpeza por toda a cidade.

“Mesmo assim, com todas as ações realizadas, de acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro de 2023, o índice de focos de dengue em residência foi de 94%, e 6% em lotes vagos”, informou a Semusa.

O órgão ainda alertou que provocar alarde de relevante interesse epidemiológico sem comprovação, caracteriza crime.

Estudantes usaram um perfil na rede social para acusar o município de omissão. Foi citado o caso de um aluno da UFSJ que morreu, supostamente, por dengue. Eles ainda denunciaram lotes vagos sujos ao redor do campus, assim como da Uemg e Cefet.