Com redução dos atendimentos a superlotação da UPA pode piorar (Foto: Amanda Quintiliano)

 

Um mês em atraso foi quitado, mas já está preste a acumular mais dois

Amanda Quintiliano

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) conseguiu remanejar recursos para pagar um mês dos honorários médicos em atraso da Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Divinópolis. O dinheiro dos cofres municipais foi liberado nesta quarta-feira (24) e corresponde a novembro do ano passado. O Estado continua sem previsão de pagar o valor devido ao município.

Com a ameaça dos profissionais de deflagrarem novo movimento devido aos atrasos, o vice-prefeito, Rinaldo Valério começou a articular e tentar em outras secretarias meios para assegurar o pagamento de pelo menos um dos meses em atraso.

Além de novembro, resta pagar também a nota fiscal de dezembro. O montante é pago a Santa Casa de Formiga – gestora da unidade – que efetua o repasse para os médicos. De acordo com o superintendente da UPA, José Geraldo Pereira o mês de janeiro também está preste a vencer. Cada nota tem valor aproximado de R$570 mil.

Os atrasos totais são referentes ao salários dos 46 médicos contratados da Santa Casa de Formiga.

Enfermeiros

Parte dos enfermeiros também está com salários atrasados. São aqueles servidores efetivos do municípios cedidos para a unidade. O presidente do sindicado da categoria, Anderson Rodrigues contou ao PORTAL que eles receberam apenas parte do pagamento, cerca de R$1,5 mil.

Diante disse houve a realização de uma reunião com os profissionais que optaram em aguardar até fevereiro antes de deflagrar greve. A assembleia está marcada para o 5º dia útil do próximo mês. Na ocasião já deverá ser emitido o comunicado de greve de 72 horas se a situação não for normalizada até lá.

Estado

O Estado deve ao município mais de R$2 milhões, só referentes ao custeio mensal da unidade. Deste então, a prefeitura tem feito malabarismo para conseguir pagar as contas. Um dos meios encontrados para manter a unidade funcionando é retirando de outros setores. No ano passado o secretário de saúde, Rogério Barbiere confirmou que deixou de pagar consórcios como o que gerencia o Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (Samu).