Ana Amélia Vieira
A experiência dos estudantes foi registrada pelas lentes dos professores e colegas (Foto: Arquivo Pessoal)
Minha professora de Geografia realizou juntamente com a minha sala, 8º ano, um trabalho filantrópico no Abrigo Frederico Corrêa. A sala foi dividida em dois grandes grupos e, por meio de visitas quinzenais, entramos na rotina dos idosos, alegrando o ambiente e tentando retirar um mal que acomete o local: a solidão. Oferecíamos um lanche e levávamos atividades interativas para entretê-los.
Com essas visitas, conseguimos compreender que a realidade nem sempre é do jeito que imaginamos. Vimos que ainda, no Brasil, há um número significativo de pessoas que são rejeitadas pela sociedade, até mesmo por sua própria família. Essas pessoas vivem sozinhas e com apenas uma curta visita e uma pequena conversa, se sentem pessoas importantes e que fazem parte de uma nação.
Quando começamos nossas visitas, os idosos permaneciam afastados, com medo daquele bando de gente que apareceu de repente. No decorrer do tempo, eles foram se aproximando e criamos laços que irão durar para sempre. Tenho certeza que durante toda a nossa vida levaremos esses aprendizados, tão simples, mas de um valor imenso.
Percebemos que com simples ações, mudamos o cotidiano dessas pessoas, que antes se sentiam tão sozinhas, mas que agora viram que serão lembradas e amadas por todos nós.
Com um carinho imenso para dar e receber, essas pessoas nos ensinaram a não possuir nenhum tipo de preconceito, pois todos somos cidadãos com direitos e deveres. Mas, acima de tudo, eles nos ensinaram a amar de um jeito extremamente diferente. Uma vez que pessoas tão excluídas, querem simplesmente uma pessoa com quem conversar e que possa lhe escutar.
Posso falar por mim, que essa foi uma das melhores experiências da minha vida. Posso afirmar isso por meus colegas também. Acredito que todos nós nos lembraremos para sempre daqueles grandes momentos, daqueles abraços, daquelas risadas, daquelas pessoas.
Por fim, todos nós podemos tirar alguns minutinhos de um dia na semana para fazermos esses trabalhos voluntários e praticar o bem. Imagine o tanto de pessoas que você pode fazer feliz! Não são necessárias grandes ações.
Abaixo há uma pequena amostra do trabalho que realizamos. Pare por alguns minutos, veja o vídeo, reflita sobre o que você pode fazer. Aproveite o período das férias para plantar a sementinha que existe dentro de você, a sementinha do bem. Você pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.
Os momentos foram registrados. Confira:
