A greve completa hoje 21 dias (Foto: Amanda Quintiliano)

Os servidores municipais de Divinópolis entraram, nesta segunda-feira (25), na quinta semana de greve. Já são 21 dias de braços cruzados reivindicando a reposição salarial. Hoje (25), ao PORTAL, um professor disse ser “inadmissível a não abertura de negociação por parte do prefeito, Vladimir Azevedo”. José Heleno Ferreira estava acompanhando o movimento na porta da Prefeitura.

José Heleno é servidor da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Ele reconheceu as dificuldades financeiras do município, mas defendeu o direito a reposição e cobrou um diálogo mais aberto com o prefeito.

A greve completa hoje 21 dias (Foto: Amanda Quintiliano)

A greve completa hoje 21 dias (Foto: Amanda Quintiliano)

“Esta é uma postura antidemocrática. Um gestor público é preciso estar aberto ao diálogo por maior que sejam os problemas financeiros, que exista uma crise econômica e política no país. É inadmissível permitir que os servidores permaneçam em greve por quase um mês sem buscar uma forma de negociação. Só através do diálogo vamos conseguir algo”, afirmou.

O quadro da paralisação continua do mesmo jeito. Na educação, 31 das 34 escolas estão paradas, assim como 12 dos 18 Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis). Setores de fiscalização, cadastro, protocolo também estão paralisados, segundo o comando de greve. Já as unidades de saúde estão funcionando normalmente após determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Hoje (25) uma comissão de servidores irá percorrer a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A ideia é mobilizar mais pessoas a participarem do movimento. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintemmd), Cida Oliveira está é uma semana de fechamento de arrecadação e por isso pode haver pressão para a categoria não aderir à greve.

Contraproposta

O prefeito propôs reajuste de 3% escalonado em duas parcelas. Seriam concedidos 1,5% de reposição já a partir deste mês e o restante em dezembro. Ele também propôs aumento do vale-alimentação passando dos atuais R$ 7 para R$ 12 reais. A revisão também seria em duas vezes. Passaria para R$ 10 a partir deste mês e para R$ 12 em dezembro.

A categoria recusou a proposta por unanimidade e manteve os 11,27%. Após a assembleia o prefeito ainda não recebeu os sindicatos para uma nova rodada de negociação.