Cerca de 600 pessoas participaram da assembleia (Foto: Amanda Quintiliano)

Com o Poliesportivo Fábio Botelho lotado, os servidores deixaram para esta quarta-feira (04) decidir se aceitarão ou não a proposta de reposição salarial de 7%. O índice foi apresentado nesta terça-feira (03) na audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), um dia após o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) ter proposto 6%.

Cerca de 600 pessoas participaram da assembleia (Foto: Amanda Quintiliano)

Cerca de 600 pessoas participaram da assembleia (Foto: Amanda Quintiliano)

Os 7% seriam escalonados, sendo 3,5% a partir deste mês para o pagamento de junho e os 3,5% em dezembro para ser pago a partir de janeiro de 2017. A proposta também inclui R$ 1 a mais no vale-alimentação, hoje de R$ 7. Os detalhes foram repassados à categoria em assembleia na tarde desta terça-feira. Mais de 600 pessoas participaram.

Em votação, eles decidiram deixar para amanhã pela manhã a decisão se darão fim à greve que já vai para o 38º dia. Isso porque os servidores querem que os sindicatos apresentem o impacto disso no salário de cada cargo. Essa noite o levantamento será feito seguindo o Plano de Cargo e Carreiras dos Servidores (PCCS).

A proposta do município também inclui a reposição dos quatro dias cortados referentes ao mês de março.

“É bom deixar claro aqui que se a categoria optar por continuar com a greve, no pagamento de junho não iremos receber nada. Os quatro dias de março só serão repostos se aceitarmos essa proposta que vale 48 horas. Depois deste prazo teremos que começar do zero”, afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), Luciana Santos.

Alguns servidores demonstraram interesse de aceitar a proposta de 7%. Entretanto, outros foram mais enfáticos aos defenderem a continuidade da greve. Uma servidora, ao usar o microfone, disse que a categoria já devia estar trabalhando com os 11,27% – índice reivindicado – se a greve tivesse a adesão massiva dos servidores.

“Estou decepcionada com a Educação. Nós sabemos cada rostinho que esteve na greve […] Devíamos ter essa mesma participação de hoje no movimento, aí sim já estaríamos com os 11,27¨%”, afirmou Flávia.

O desembargador, Afrânio Vilela deu 48 horas para os sindicatos definirem ser aceitarão o não a proposta.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura não havia se manifestado sobre o assunto.