Os servidores municipais farão uma nova paralisação unificada Sintram e Sintemmd amanhã, 01 de abril, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Divinópolis. A paralisação seguirá os mesmos moldes da paralisação ocorrida no último dia 27, em que um número histórico de servidores manifestou que “É hora de dizer basta! Em defesa dos nossos direitos.” Os servidores se reuniram na porta da prefeitura e depois percorreram as principais ruas do Centro até a Câmara Municipal, onde mostraram aos vereadores a força do funcionalismo público. Em assembleia, foi discutido a postura do executivo de espalhar inverdades na tentativa de esvaziar o movimento, o assédio moral sofrido pelos servidores e a postura de não abertura para conversa com os Sindicatos, ficando decidido pela nova paralisação desta terça-feira.
O Executivo Municipal, diante do expressivo número de servidores que aderiu a paralisação, iniciou medidas de assédio e intimidação contra os participantes. As folhas de ponto foram retiradas dos postos de saúde (mesmo falando dois dias úteis para fechar o mês), alguns servidores que aderiram à paralisação receberam ligações de seus respectivos secretários durante todo o dia, servidores atuantes no movimento foram transferidos de setores com uma forma clara de perseguição (mesmo com avaliação de desempenho positiva), um dia antes da paralisação os servidores receberam no spark (canal de comunicação interna da prefeitura) a informação de que quem aderisse ao movimento teria seu dia cortado, assim como o vale-transporte e o vale-refeição. Na sexta-feira, mentiram aos servidores e a imprensa de que não haviam sido informados pelos sindicatos sobre a paralisação (o que está documentado pelos ofícios de 21 de março pelo Sintemmd e 24 de março pelo Sintram).
O Executivo também soltou uma nota em que sugere, dentre outras coisas, ganhos exorbitantes aos servidores, como se o pedido de aumento real fosse abusivo e coloca que a folha de pagamento municipal onera o município, fazendo com que obras sejam prejudicadas. Nesta medida, eles tentam colocar a população contra os servidores do município afirmando também que os trabalhadores que aderiram a paralisação, não têm bom senso e respeito para com a população.