Os servidores da Prefeitura de Divinópolis foram surpreendidos nesta quarta-feira (04) com cortes na folha de pagamento – disponível para conferência no Portal da Transparência. O caso foi levado nesta quinta-feira (05) ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram). Dentre as supostas ilegalidades apontadas está o corte de dias não trabalhados durante a greve.

Ao receber a denúncia, a diretoria do sindicato articulou reunião com secretário de governo, Ricardo Moreira, e o procurador do município, Wendel Santos. Os cortes são considerados ilegais, segundo o Sintram, porque há uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) impedindo que fossem descontados em folha os dias referentes à paralisação da categoria.

Para compensar os dias parados, os servidores deveriam negociar com os chefes imediatos e elaborar um cronograma para reposição. Entretanto, mesmo quem já teria trabalhado para repor as faltas foi surpreendido com os cortes na folha que deve ser paga até nesta sexta-feira (06). Os cortes foram autorizados ainda pela administração anterior.

A presidente do Sintram, Luciana Santos, acompanhada pelo dirigente sindical, Eduardo Parreira, e pelo advogado do sindicato, José Maria Marques, foram recebidos pelo secretário de governo e procurador. Eles pediram que as ilegalidades sejam apuradas e os erros corrigidos para reembolso dos atingidos.

O procurador afirmou ter conhecimento da decisão de segunda instância e disse que pedirá à Secretaria de Planejamento para verificar os descontos. Após o retorno, o sindicato será comunicado sobre as medidas que deverão ser tomadas. Enfatizou ainda que os erros deverão ser corrigidos.

Denúncia

A diretoria do Sintram através do departamento jurídico irá também denunciar aos órgãos competentes.

“É mais um ato de total desrespeito do antigo governo ao servidor público municipal. Isso é inaceitável, além de deixar o 13º salário atrasado, encaminha uma folha de pagamento com cortes nos salários de servidores que já pagaram os dias e desrespeitando uma ordem da Justiça”, finalizou a presidente do Sintram.