Após 38 dias parados, os servidores municipais de Divinópolis decidiram nesta quarta-feira (04) suspender a greve. A categoria aceitou a proposta do prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) de 7% de reposição salarial, sendo 3,5% já a partir de maio e o restante em dezembro, mais R$ 1 de aumento no vale-refeição.
A assembleia foi realizada hoje na porta do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram). A categoria só aceitou o índice após levantamento de impacto do reajuste no salário de cada cargo. A proposta também inclui a reposição dos quatro dias cortados nos salários dos grevistas.
Fortalecimento
A presidente do Sintram, Luciana Santos disse que a categoria saiu mais forte do movimento.
“Não conseguimos os 11,27% reivindicados, mas conseguimos algo muito melhor a união. E, a partir de agora qualquer governante que assuma saberá a força dos servidores”, afirmou.
Luciana ainda destacou a participação dos servidores da saúde que foram obrigados a abandonar a greve devido a determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Também foi mencionado por ela os funcionários do pátio de obras, das secretariais de Trânsito e Cultura e também os do setor administrativo.
“Não posso deixar de citar também a educação que veio somar forçar e mostrar que existe apenas uma categoria, a do servidor”, enfatizou.
O Sintram e também o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintemmd) têm até esta quinta-feira (05), às 12h, para encaminhar ofício ao TJMG informando sobre a decisão. Oficializando, segundo Luciana, não há riscos do prefeito voltar atrás.
Impasse
Os servidores começaram a greve após o prefeito se recusar a conceder a reposição de 11,27%, como acordado no final do ano passado. Duas semanas depois, ele propôs reajuste de 3% e mais 75% de aumento do vale-refeição. A categoria recusou e manteve o movimento firme até conseguir ampliar o índice. A greve é considerada histórica pelos sindicatos. Em alguns dias a adesão chegou a 600 pessoas concentradas na porta da prefeitura e também na câmara.