golpe do motoboy divinópolis
Foto: Divulgação/MPMG

A organização criminosa fez vítimas em Divinópolis, assim como em cidades de vários estados

Uma operação desarticulou, nesta terça-feira (12/3), uma organização criminosa especializada em crimes de estelionato, na modalidade conhecida como golpe do motoboy, e lavagem de dinheiro. Entre os municípios, o grupo fez vítimas em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.

Desencadearam a operação: Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)

Denominada Tricherie, a operação cumpriu 17 mandados de prisão, 13 mandados de busca e apreensão. Além disso, 18 ordens de sequestro que totalizam cerca de R$ 1,4 milhão nas contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações, assim como em cotas de capital dos investigados.

Mandados

Os órgãos de segurança cumpriram mandados e ordens de sequestro expedidos pela Justiça Criminal de Belo Horizonte em São Paulo, Garulhos, Itapevi e Jacareí, todas no estado de São Paulo. De acordo com o Gaeco, houve a prisão de sete pessoas.

Golpe do motoboy

O golpe do motoboy consiste na vítima receber uma ligação de um integrante da organização criminosa que alega ser de uma instituição financeira e, mediante engenharia social, consegue a senha pessoal de cartões bancários e em seguida informa que um motoboy buscará os cartões da vítima.

Após o recolhimento dos cartões, o grupo efetuada diversos saques. Além disso, compras ou transferências para outros integrantes do bando em contas fraudadas. Assim, aproveitando falhas de alguns bancos no processo de validação de identidade.

Conforme as investigações, além de atuar em outros estados da Federação, a organização criminosa agiu em 20 cidades mineiras. Dentre elas estão: Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Bom Sucesso, Caratinga, Contagem, Divinópolis. Assim como, Governador Valadares, Ibirité, Ipatinga, Itajubá, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Passos, Santa Luzia, Santa Rita de Minas, Uberaba, Uberlândia e Viçosa.

Em Minas foram registradas 68 ocorrências, com valores declarados pelas vítimas que totalizam mais de R$ 500 mil. No entanto, como mais da metade das ocorrências não apresenta o valor perdido pelas vítimas e levando em conta a identificação de subnotificações, estima-se que o grupo tenha causado um prejuízo ainda maior no estado.

A operação contou com o apoio operacional da Polícia Civil e do Gaeco de São Paulo.