A unidade sindical contra as reformas do Governo Temer ganha força em Divinópolis. Nesta terça-feira (16) Sintram, Sintemmd, Sindeess, SindUde, Metalúrgicos, Moveleiros e representantes de movimentos sociais estiveram presentes no “Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo emprego e pela garantia de Direitos”, protesto contra as reformas do Governo Temer (PL 257/2016, PEC
241, Reforma Previdenciária e Trabalhista). O ato foi realizado na Praça Afonso Arinos em Belo Horizonte, sendo que as centenas de manifestantes saíram em passeata até a Praça da Estação.
A vice-presidente do Sintram, Ivanete Ferreira, que representou o sindicato afirmou que todas as centrais sindicais de Minas Gerais e sindicatos presentes no ato estão unidos pelo “Fora Temer”.
“O trabalhador e a população mais carente é que serão sacrificados pelo governo Temer. É preciso que a população seja informada sobre esses ataques aos direitos essenciais como saúde, educação. Além disso, nós, servidores públicos, precisamos nos unir e estar conscientes que caso essas reformas passem no Congresso Nacional iremos amargar o congelamento de salários e retirada de
benefícios conquistados com luta de anos”, disse.
Várias ações estão sendo planejadas pelos sindicatos de Divinópolis, que constituíram a “Frente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e dos Servidores Públicos” justamente para mobilizar e informar os servidores e a população de Divinópolis e região. Além da realização de plenária no dia 03 de agosto no Sintram, audiência pública no dia 11 na Câmara Municipal, os sindicatos e movimentos sociais estão unidos agora na realização de um Seminário sobre as Reformas do Governo Temer. O evento será realizado no dia 27 de agosto, a partir das 8h30, na sede do Sintram, e irá esclarecer os ataques que estão previstos aos direitos do trabalhador brasileiro e população.
Reformas
O projeto 257/2016 quer “renegociar” as dívidas dos Estados com a União, porém quem irá pagar a conta são os servidores públicos e a população. Entre os principais pontos do PL estão: arrocho salarial , impedimento de progressão em planos de cargos e carreiras, quinquênios, licença prêmio,
férias e licenças em pecúnia.
A medida prevê também o impedimento de novas contratações e nomeação de servidores já aprovados em concursos, o que deixará a população ainda mais carente e vulnerável nos atendimentos como saúde, educação, segurança, justiça e infraestrutura.
Já a Pec 241/2016 pretende reduzir por duas décadas as ações estatais de redistribuição de renda, comprometer a oferta de serviços públicos universais como Saúde e Educação e deteriorar investimentos públicos em infraestrutura. As parcelas mais pobres da população, que utilizam o serviço público, é que irão pagar a conta do “ajuste”, ao mesmo tempo em que os ganhos de renda do capital serão preservados.
Previdência
A proposta de Reforma da Previdência prevê: aumento da idade mínima e do tempo de contribuição; equiparação de idade e tempo de contribuição entre homens e mulheres; transição somente para quem tem mais de 50 anos; eliminação da diferença de critério para aposentadoria de trabalhador urbano e rural e servidor público e trabalhador da iniciativa privada, etc.
“A nossa resposta a esses ataques é a mobilização. Neste sentido toda essa movimentação é para informar a população sobre a verdade dos fatos, que não está sendo noticiada pela grande mídia”, finalizou Ivanete.